A
minha percepção de que o Dia dos Pais se aproximava ocorreu quando,
na última quinta-feira, parei para assistir um programa de TV.
Neste
programa , por sinal, um dos personagens era o responsável por fazer
meu pai dormir um pouco mais tarde , por ser o seu predileto.
Quando
meu pai se foi, assisti-lo novamente foi bem complicado. E depois
acostumei, mas nunca mais tinha gargalhado como antes. Até a última
quinta.
O
programa como um todo foi mais engraçado que de costume. E esse
personagem me fez rir como antigamente. Porém, o riso não durou
muito pois a falta da outra risada doeu. Muito.
E
por mais que a gente tente não se render aos apelos consumistas da
mídia, essa overdose de lembranças de tudo o que você não pode
mais fazer por conta dessa partida é massacrante.
Só
agora me dei conta que nunca havia escrito sobre o Dia dos Pais. E
acho que, de forma geral, não vou conseguir teorizar sobre o
assunto.
Domingo
será o dia de querer que o dia acabe. Ou, se meu humor mudar até
lá, de ouvir Barry White e Djavan até enjoar.
Lembrando
que para aqueles que nos são caros, todo dia é dia. Talvez por isso
o fim da quinta tenha sido muito mais doloroso do que a falta do
almoço de dia dos pais que não vai acontecer.