segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

SOBRE O ANO QUE SE ENCERRA...


SOBRE O ANO QUE SE ENCERRA...


2011 foi um ano de descobertas. De redefinições.
Descobri que não é fácil ser forte. Mas que, às vezes, não há outra opção. Descobri que chorar ( sozinha ou na frente de alguém) não é necessariamente sinal de fraqueza. “Muitas vezes choramos não porque somos fracos, mais por termos sido fortes por muito tempo”.
Descobri também que “pedir colo” não mancha a biografia de ninguém. E também o quanto é bom ser compreendida, mesmo estando em silêncio.
Redefini prioridades. No começo do ano, minha meta era fazer com que minha mãe redescobrisse o prazer de viver. Quando entendi que “aquela” vida não servia pra ela, a minha meta era tentar fazer com que ela tivesse paz no fim de sua jornada.
Quando ela se foi, a meta passou a ser não fraquejar. Com o “entendimento” de todo o processo, que começou com a partida do meu pai, vi que “fraquejar” era permitido, não podia era enlouquecer. A prioridade então, passou a ser a minha saúde, mental e física. Ainda que com o emocional em frangalhos.
Redefini meu conceito de proximidade, verdade, relações... Especialmente quando percebi que eu era capaz de fazer coisas que eu nunca imaginei. O mais importante: o meu conceito de vida teve que mudar, na marra. O de “força”, então, nem se fala.
Quando redefini posições e passei a ser totalmente responsável por minha mãe, compreendi que amor é querer o bem do outro – ainda que este “bem” seja algo totalmente inverso do que a gente, no fundo deseja. Cheguei a um novo estágio.
A maturidade do “como eu sinto” hoje, com todas as dores e delícias, encontros e despedidas, lágrimas e gargalhadas, tudo isso é parte de um processo... continuo “em processo”, mas chegando em uma nova fase.
2011 foi um ano de fênix. Ressurgi. Reinventei. Ainda que “chamuscada”, tento alçar novos voos.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Só sei que nada sei...





SÓ SEI QUE NADA SEI...
Há tempos um assunto é recorrente em discussões com minhas amigas... essa dualidade entre “o que a gente foi criada pra ser” e “como reagir a essa tsunami comportamental dos últimos anos”. Achar um meio termo entre estas duas questões não é fácil. Definitivamente.
Antes, mudanças comportamentais eram um processo longo e demoravam 20, 30 anos pra concluírem um “ciclo”. Do fim dos 70 pra cá (fim mesmo, pois sou de 1979) a coisa deu uma degringolada e tudo o que a gente foi criada pra ser meio que caiu por terra. Nossas mães foram criadas para serem boas esposas, e só. Mas tiveram que fazer uma revisão de seus conceitos pois nesta época a mulher devia bradar por independência financeira – e ainda assim, ser mulher, mãe e profissional.
O problema é que no meio disso tudo a gente ainda ouvia que teríamos que nos comportar de um jeito não devassa, mas não submissa...devíamos ter sentimentos mas ao mesmo tempo ser racionais. Respeitar o nosso futuro marido, mas escolher alguém que nos oferecesse as mesmas condições que tínhamos em casa, no mínimo, pois nossos pais se esforçavam e muito para que nada nos faltasse.
E enquanto isso, na “sala de justiça”, as mulheres pegaram a igualdade de direitos e condições e fizeram o quê? Quiseram se transformar em homens, dando importância a “relações-miojo” e valorizando a quantidade – postura masculina tão criticada outrora. Os homens, por sua vez, também se perderam no meio do tiroteio, e não sabem bem como agir com essa “nova” mulher. Se aproveitam do fato de que nós erramos a mão nessa coisa de querer ter o comportamento masculino no que diz respeito a sexualidade, mas também não tem paciência e sensibilidade pra enxergar aquelas que ainda resistem em entrar pro grupo das “preparadas, cachorras, popozudas e afins”.
E agora, que rumo tomar? Com a independência financeira, mulheres não querem mais levar adiante casamentos teoricamente malsucedidos. Mas o que é um casamento malsucedido? Aliás, qual é o conceito de casamento hoje? O que importa de fato para que a relação realmente se consolide?
Nossos pais não sabem responder tal questão. A gente também não. Mas algumas de nós estamos realmente empenhadas em redescobrir valores, que façam uma relação valer a pena. De verdade. Porque no meio disso tudo, uma coisa não muda: NÃO FOMOS FEITOS PARA A SOLIDÃO. Não a constante.
Agora, como responder às nossas expectativas diante de relacionamentos, em meio a questionamentos de uma sociedade que tenta padronizar(mas que muitas vezes é pura hipocrisia), mais as referências que nossos pais tem, sem saldo de feridos... IMPOSSÍVEL. Se alguém souber como faz, POR FAVOR, entre em contato. O Clube das Luluzinhas agradece...rs

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Esse é o clipe do Chris Isaak... e o da Rihanna...

http://www.youtube.com/watch?v=UAOxCqSxRD0


http://www.youtube.com/watch?v=tg00YEETFzg&ob=av2e

Tô ficando velha....


Tô ficando velha...

acabo de ver o novo vídeo da rihanna, “we found love”. Nunca mais digam que a britney é a doidivanas do pop, não admito que lady gaga seja taxada de louca. A sujeita aparece num clipe com capsulas e mais capsulas de remédios (uma alusão irresponsável ao uso desmedido de remédios como drogas), o clipe mostra uma relação meio “tapas e beijos”... o catiço “tatua” nas nádegas de rihanna a palavra “minha”...entre tantos outros itens descabidos, como um cena em que o tal amor que ela encontrou aparece fumando uns 20 cigarros de uma só vez.
Me vieram a mente várias questões...
1- quem é o sujeito autor de uma concepção de amor tão “brilhante”?
2- como uma gravadora aprova um vídeo desse? Tipo assim, vamos chocar, queremos retorno midiático, mas a que preço?
3- essas pessoas tem filhos?
4- como um clipe desse fala de amor e trocentas pessoas (sim, estamos falando de indústria, então tem muita gente envolvida) aprovam essa visão sem pensar na multidão de gente que tem rihanna como ícone de comportamento?
5- como pais vão explicar todo esse processo para seus filhos?
6- e aqueles que não tem diálogo com seus pais (graaaaaaaças a deus, eu tive...), vão ficar com essa visão de relacionamento? Bem, alguns até tem algo parecido com isso em casa, tudo bem... mas ninguém para pra pensar em quanto esse comportamento auto-destrutivo no clipe pode se refletir num monte de gente?
7- a própria rihanna, que por si só já tem uma visão bem distorcida da coisa, como será que ela digeriu isso?
Enfim... deu saudades do romantismo...e olha que eu nunca fui (aliás, não era, mas isso é outro post...rs) daquelas que vê tudo cor-de-rosa … a minha referência de videoclipe romântico era “wicked games, do chris isaak”... tô desatualizada , definitivamente. Ou não???? espero que não...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Encontros e despedidas (2)...


     Quando postei a letra, tinha tanta coisa a dizer, mas a letra falou por mim... Hoje, resolvi completar...rs

      A questão é que a vida é mesmo uma estação , onde sempre há gente chegando e saindo. Um "processo" sem fim... O que me ocorre neste momento é: tem muita gente cuja "estação" é muito, mas muito movimentada.  Mas ninguém para com a intenção de realmente conhecer os arredores da estação. Ou seja, deixam as pessoas entrarem e saírem de suas vidas sem que ninguém finque raízes.
      É esse o mal do mundo moderno. Roberto Carlos já cantou há um tempão que queria ter "um milhão de amigos". Hoje em dia todo mundo quer ter também. Mas amigos pra fazer número em redes sociais. E só. Cultivar amizades mesmo, ninguém quer. É claro que a vida nos impõe um ritmo que nem sempre nos permite manter TODOS os amigos da infância. Nem sempre é possível estar junto, nem sempre dá pra visitar.
     O que não nos impede de manifestar a importancia dos nossos amigos de uma forma ou de outra...uma ligação, um sms que seja, um e-mail...E o resultado disso tudo é uma montoeira de gente que se esbarra "na estação da vida", mas não cria laços. No fim das contas, só ficam circulando por várias estações mas não se relacionam. 
      Pela minha estação também já passou muita gente. Gente que ficou pouco tempo mas teve importãncia fundamental... gente que faz uma visita de médico mas que também tem seu valor... Claro que também teve gente que desembarcou, parecia que ia ficar mas por um falsete ou outro, tomou outro rumo (em alguns casos,graças a Deus). E quando eu achava que a estação tava vazia e me bateu uma tristeza danada porque pessoas MUITO importantes foram embora, eis que a plataforma aparece lotada de novo... Trazendo pessoas que andaram ausentes, mas que voltaram. Também com aqueles que sempre estão por ali... Mais que isso, tem até gente de muuuuuuiiiiiiiito longe, mas que de uma forma ou de outra vai ficar.
     Enfim..." e assim chegar e partir...são só dois lados da mesma viagem... o trem que chega é o mesmo trem da partida...a hora do encontro é também despedida...a plataforma dessa estação, É A VIDA desse meu lugar...É A VIDA desse meu lugar...É A VIDA..."

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

ENCONTROS E DESPEDIDAS... Milton Nascimento e Fernando Blant...

                             Diz muito sobre o que eu vivo neste momento...



Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço
Venha me apertar
Tô chegando
 
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero
 
Todos os dias é um vai e vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
 
E assim, chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também  despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida ....
Lara lala lele e auê
Lara lala lele e auê
 
Todos os dias é um vai e vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
 
E assim, chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também  despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida ....
É a vida desse meu lugar
É a vida ....
 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Sobre o Dia da Consciência Negra...

         Por conta de um fim de semana divertidíssimo, confesso que não tive concentração suficiente para postar sobre o tema. 
         Sei que muita gente lembra da questão só no dia 20, sai por aí afirmando sua negritude, reclamando seus direitos, criticando o "sistema", falando sobre opressão, bla-bla-bla, whiskas sachê... Tá bom, mas e no restante do ano?
          Não serei eu a contestar toda a desvantagem histórica que nós negros tivemos no que diz respeito à acesso a cultura, boas condições de vida e tal. Mas isso DEFINITIVAMENTE não pode ser usado como desculpa para acomodação.
         Somos minoria no alto escalão, fato. Mas existimos. E se existimos, é porque alguém decidiu romper o clichê e se esforçou o suficiente pra mostrar que qualquer um pode - independente da cor da sua pele. 
         O que eu quero dizer é que a maioria faz a leitura do 20/11 como um dia para se assumir como negro e comemorar em festas, bailes e afins. Nada contra. Mas a MAIORIA nada faz o restante do ano para mudar a situação do negro no Brasil. Por que é que ainda hoje, fim de 2011, muita gente ainda se choca quando vê um negro num carro de luxo, ou assumindo altos cargos, ou em qualquer outra posição acima da média? Simplesmente porque, apesar de maioria, ainda somos uma parcela ÍNFIMA no que diz respeito à cultura, educação, empresariado, publicidade, televisão... E infelizmente somos MAIORIA ABSOLUTA em favelas e  presídios.
           Precisamos nos conscientizar que, apenas com reclamações, a situação do negro no Brasil não vai mudar - MESMO. 

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A BUSCA INCESSANTE...

           Muito se fala em ser feliz, procuram definições para felicidade, tentam materializar o conceito... Acham que "só serão felizes se... só serão felizes quando"...
      E nisso o tempo passa, as prioridades mudam, as ambições também, e o povo ainda a colocar a tal felicidade como algo inatingível... Já comentei aqui mesmo que a gente deve se adequar ao que temos, e não ao que falta. O que não quer dizer que não podemos querer algo melhor.
     O problema é que, nessa busca incessante por algo grandioso, glamuroso e ofuscante, perdemos a beleza das coisas consideradas simples mas que podem - e fazem - o coração bater mais forte. Ou que fazem a gente respirar mais aliviado. Uma música, horas de boa conversa, boas risadas, um belo jantar, afeto explícito, enfim...
     Estou me permitindo ser o mais feliz possível TODOS os dias. E hoje estou incrivelmente feliz. Coisas triviais para a maioria, pra mim tem outro significado. Alguém que, de alguma forma, faz um agrado (ou dois, ou mais...rs); um amigo que liga pra saber como você está, um presente fora de hora, uma surpresa sem motivo aparente... 
      Pena que muita gente só descobre o valor dessas pequenas grandes coisas no fim da vida. E percebe que o tempo de ser feliz não é "quando for mais rico, mais magro, mais isso, mais aquilo"...
      Esse texto é pra compartilhar ideias... e pra dizer àqueles que tem me proporcionado felicidade (no plural, mesmo) que cada gesto de vocês tem um significado enorme pra mim...
     Enfim, bom dia a todos...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

MOBILIZAÇÃO...


MOBILIZAÇÃO...

Confesso que esse tema normalmente traz mais irritação do que boas surpresas. Começando pela balbúrdia promovida pelos estudantes da USP. Uma vergonha , lutando pelo direito de usar drogas em detrimento da segurança da maioria. Deixem que ocorram estupros, assaltos e afins, contnato que um grupo possa curtir seu baseado em paz..
Curiosamente, estudantes de classe média, teoricamente pessoas esclarecidas (ou em processo), lutando com todas as armas (tinha até coquetel molotov na reitoria). Rabiscando todo o espaço, deixando-o totalmente desorganizado. até onde sei além de drogas , coquetel não havia um violão ou livro pra embalar discussões filosóficas. Confesso minha ignorância ao não conseguir encontrar um motivo razoável pra promoçao de tamanha bagunça. Fosse um grupo de suburbanos, dos cursos de letra ou pedagogia, teria sobrado tiro pra todos os lados, mas isso já é outra discussão.
Daí, quando acho que essa passa a ser a referência de mobilização, eis que vem a passeata dos royalties. Honestamente achei que o que iria lotar seria a praia, com o metrô de graça. Não acreditei que comparecessem mais de 10.000 pessoas, levando em conta os ônibus que sairiam do interior do estado, mais aqueles ligados a prefeitura do rj que é perto dali (bem como outras repartições no centro do rj ou próximas dali). Eis que o povo surpreende, e comparece em mais de 100.000. ok, tinha show do lulu santos. Tinha mobilização de artista... mas a única coisa que eu vejo encher a av. Rio branco é o bola preta, no carnaval.
Enfim, nem tudo está perdido...

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

JÁ É NATAL NAQUELE MAGAZINE...Outra vez...

     Mal saímos do feriado de Finados, Papai Noel já está fazendo exposição da figura em toda a cidade. E as pessoas, ENLOUQUECIDAS preocupadas com as compras de fim de ano, empenhando o dinheiro que tem (ou não...), mais a segunda parcela do décimo que logo vem (ou não...). 
     Mas na confraternização, na reflexão... Isso ninguém pensa. Por mais que as empresas criem comerciais de Natal emocionantes, o que importa mesmo é comprar, comprar, comprar...
     Meu espírito natalino só chega depois que entro de férias, sendo assim já é demorado... Esse ano, especialmente, acho que ele nem vem. Será o meu primeiro Natal sem meus pais, e eu honestamente não serei uma boa companhia pra ninguém. Pretendo ficar em casa, com os vizinhos... mas talvez dormir cedo. Como não sou peru pra morrer de véspera, não tô planejando muito... Seja o que Deus quiser.
      Aos que se aventuram nas compras de dezembro, BOA SORTE...A maioria, que celebrem entre os seus, mesmo que não tenham comprado presentes caros pra todo mundo. Não é esse o espírito da coisa. Enfim... haja Jingle Bells até dezembro...

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

PESSOAS...E pessoas.



PESSOAS ...E pessoas.


Diante de mais uma celebridade com câncer - o ex presidente Lula – a mídia fica em polvorosa. A questão é que, por alguma razão, há uma infinidade de pessoas fazendo piada com a doença de Lula. Ok, ele afirmou que a saúde no Brasil é uma maravilha; a gente até sabe que não é... Mas de cadeira posso afirmar que a parte oncológica de pelo menos dois hospitais públicos são sim, muito boas. Mais que isso, tem comprometimento com os pacientes e com suas famílias.
Mas daí a publicarem uma infinidade de piadas grosseiras, é outra história. A pessoa vai ter que se submeter a um procedimento super agressivo, no hospital – continuará recebendo medicamentos pesados durante CINCO dias, pra ter um intervalo de 21 dias. E certamente os cinco últimos dias desses vinte e um serão de morte.
Que você curta “humor negro”, paciência, todo mundo ri em algum momento. Mas a mobilização de ataques ao Lula enquanto portador dessa doença é algo que me surpreende. A última vez que vi tamanha mobilização popular para comentar algo, deve ter sido o resultado de algum reality show.
Quem já viveu essa situação de alguma forma, sabe o quanto a doença debilita (fisica e emocionalmente) o paciente e quem está em volta. Fiquei realmente chocada com a quantidade de piadas com o tema. Certamente menor que o número de pessoas que se mobilizam para uma doação de sangue, por exemplo.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Mais uma vez... Morbidez, curiosidade, algo que o valha...

       Ultimamente tenho visto menos televisão que de costume. Já não era fanática, mal me ligava em um ou outro filme , desenhos animados e telejornais da madrugada, e olhe lá... Hoje, resolvi ver tevê pra saber das novidades, e novamente me deparo com imagens de cadáver, desta vez do Khadafi...
     E tome formulação de hipóteses, imagens do falecido ainda vivo mas já bem ensanguentado, e close pra comprovar que era mesmo o dito cujo... e replays infinitos, câmeras extras para mostrar outros ângulos... Até que se chega na imagem do Khadafi morto... Um close e tanto, meio que pra confirmar que ele morreu - e tentando dizer "ó, ele tá morto mermo, nem digam q a gente sumiu com o corpo que nem o do Osama".
         Bem, da morte, que é o fato em si, já sabia.  Então, devidamente traumatizada com a morbidez da matéria , desliguei a TV e voltei  a fazer o que eu precisava fazer. É perfeitamente possível dar um panorama da situação da Líbia sem ter que ilustrar a reportagem com a cabeça do finada sobre uma poça de sangue. Quem é que vai analisar o panorama internacional após a morte do Khadafi com aquele close sangrento?
        Não sei quanto a vocês, eu honestamente não consegui.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Resiliência...



Resiliência
1. [Física] Propriedade de um corpo de recuperar a sua forma original após sofrer choque ou deformação.
2. [Figurado] Capacidade de superar, de recuperar de adversidades.
Vendo a reportagem sobre a morte do pai de Reinaldo Gianechinni, essa foi a primeira palavra que me veio à mente. Neste caso específico...primeiro lidar com a notícia do câncer do pai – o que apesar de nem sempre ser uma sentença de morte, é um baque, sempre. Depois descobrir que ele próprio também está com a mesma doença.
Diante disso tudo, “perder o controle” sobre sua própria vida e ainda conviver com o sofrimento de seus pais é muito. Dos pais, pois ele viu o pai partindo aos poucos, e a mãe se dividindo em duas para assistir aos dois. (Aliás, que situação...sabe Deus o que ela passa.)
E ainda durante esse processo , vendo sua transformação física, ele ainda expõe-se na condição fragilizada, mesmo sabendo que é referência no que diz respeito a beleza, para falar abertamente sobre a doença. Pra completar, o pai cumpriu sua missão neste plano.
É aí que a tal da resiliência entra. A capacidade de não enlouquecer e , quem sabe, ainda sair fortalecido dessa. Vendo a vida de outro jeito... estabelecendo outras metas, revendo prioridades...
Na verdade, quando li a matéria, pensei nele, em mim também... pensei em dois amigos que também passam por desafios simultâneos e terão de saber o que o conceito de resiliência é na prática...
Enfim, manter-se lúcido é muito difícil nessas horas. Seria mesmo mais fácil se encher de remédios e não levantar às vezes; há sim dias em que parece que a gente não tem motivos para isso... Mas é como já escrevi em outra postagem, a gente deve viver bem com o que (e com quem) temos...Porque faltar, sempre falta alguém ou alguma coisa.
E a gente tem que aprender a viver com as ausências. Tal qual os materiais resilientes, recuperar a forma após trauma ou deformação. Talvez não exatamente a antiga forma. Mas a que fará com que a gente continue a viver, com todas as dores e delícias de ser o que é.

Curiosidade, morbidez, entre outras coisas...

         Ontem li no Vírgula que, durante o julgamento do médico de Michael Jackson, foram mostradas fotos do rei do pop morto, já no necrotério. Nem imagino qual seria minha reação ao ver tal imagem. Acredito que o júri deva ter se chcado, independente do estado do corpo.
         Primeiro porque ele deveria ter inúmeras marcas. Segundo porque ver fotos de gente morta é algo chocante por natureza. Terceiro porque a foto era de Michael Jackson, o Rei do Pop... cujas imagens no inconsciente coletivo são em movimento, dançando, cantando...por mais desfigurado que ele estivesse em vida.
          O mais inacreditável é que essas fotos foram parar na imprensa mundial...e por aí circula como se fosse a foto do novo namorado de uma ex-BBB.  Todo mundo sabe que uma foto dessa rende vários mihões de dólares e tal... Mas não é possível que tanta gente assim deva querer ver isso. Eu sei o quanto é horrível você ter a imagem de alguém que você viu em ação tantas vezes, de repente imóvel, num caixão. E sei o quanto eu tive que trabalhar a minha mente pra tirar da cabeça essa imagem.
           Eu acho mesmo que a gente deve ficar com as boas lembranças das pessoas que a gente gosta ou admira. E querer ter essa última imagem , tão mórbida, de alguém que você estima de alguma forma, pra mim é algo doentio.

domingo, 16 de outubro de 2011

Depois de algum tempo...




Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama, contudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.

Portanto... plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"
William Shakespeare

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

INFÂNCIA ...


INFÂNCIA...

Fico bestificada com esse novo padrão de infância que se instaurou. Essas crianças “desbotadas”, sem marcas, acho que nem conhecem band-aid, tampouco mertiolate. Que aliás, dizem que nem arde mais (já saí da infância há tempos, na minha época ardia à beça...mas a gente nem ligava e corria, subia e caía assim mesmo).
Nem adianta a campanha de sabão em pó dizer que “se sujar faz bem”. O máximo de sujeira que essa geração se permite é um golinho de Nescau que cai na roupa se eles esbarram no teclado ou joystick.
Eu vivi a época dos pés/ braços quebrados, cicatrizes aos montes, e muitas boas histórias pra contar. Hoje o que vejo são crianças com problemas de socialização, com dificuldade extrema de expressar suas ideias (será que elas as tem?) e usando óculos cada vez mais cedo... Prisioneiros do quanrto e das lan houses e achando que o pior que pode acontecer é a falta de luz. Sim, pois sempre conectadas, plugadas, o que fazer quando não há luz????
Nós, a geração “remendada”, inventaríamos logo uma brincadeira... eles, duvido. Devem ter insônia porque não conseguiram passar de fase em determinado jogo. Hoje, somos adultos (somos???) razoavelmente resolvidos, com capacidade de rir dos nossos próprios tombos, levantar numa boa e cair de novo quantas vezes for preciso. Sempre aptos a conhecer novas pessoas, a falar horrores, dar 1001 gargalhadas, exercitar a criatividade, cada qual ao seu modo.
Tenho pena dessa geração. Pois nos desenhos que eu assistia , ainda que o meu predileto seja meio malvadinho, o riso era estimulado. Sempre. Hoje, a agressividade é estimulada. O “desejo de matar” é obrigatório...
Enfim, que venha o Dia das Crianças...e que a gente continue mantendo as que existem dentro da gente, exercitando essa parte alegre e despreocupada sempre que possível...

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

DROPS....

DROPS...


1) Rock in Rio terá a sua melhor noite hoje. Marcada majoritariamente por música negra. Mas veja bem, o rock e o gingado de Elvis saíram de onde mesmo??? Então, tá, sem mais delongas. E viva Stevie Wonder.


2) Ashton Kutcher e Demi Moore, um divórcio de US$ 290 milhões. Diz aí, você teria que ser o Eike Batista pra ter um rendimento desse em tão pouco tempo. Nem parece que estamos falando de relações.  Ao invés do lamento sobre a separação de um dos casais mais badalados de Hollywood, o foco é nas cifras. Mondo cane.


3) Perplexidade. Foi o que senti quando vi a matéria sobre uma adolescente, molestada pelo próprio pai desde os 11, relatando que havia comunicado a mãe sobre tal atitude do crápula . A reação da mãe? Continuar casada com o sujeito, usufruindo do conforto que ele lhe proporcionava e pouco se importando com a saúde física e mental dos filhos. Dos filhos, sim, pois o pai (????) também molestava o filho menor. Essa sujeita deveria ser enquadrada como co-autora do crime de atentado violento ao pudor...já que ela fornecia todas as condições para que o crime acontecesse, através de sua omissão e conivência.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

MULHERÃO, por Martha Medeiros


O mulherão

Peça para um homem descrever um mulherão.Ele imediatamente vai falar do tamanho dos seios,na medida da cintura,no volume dos lábios,nas pernas,bumbum e cor dos olhos.Ou vai dizer que mulherão tem que ser loira,1,80m,siliconada,sorriso colgate.Mulherões,dentro deste conceito,não existem muitas:Vera Fischer,Leticia Spiller,Malu Mader,Adriane Galisteu,Lumas e Brunas.Agora pergunte para uma mulher o que ela considera um mulherão e você vai descobrir que tem uma a cada esquina.

Mulherão é aquela que pega dois ônibus por dia para ir ao trabalho e mais dois para voltar,e quando chega em casa encontra um tanque lotado de roupa e uma família morta de fome.Mulherão é aquela que vai de madrugada para a fila garantir matricula na escola e aquela aposentada que passa horas em pé na fila do banco para buscar uma pensão de 100 Reais.
Mulherão é a empresária que administra dezenas de funcionários de segunda a sexta, e uma família todos os dias da semana.Mulherão é quem volta do supermercado segurando várias sacolas depois de ter pesquisado preços e feito malabarismo com o orçamento.Mulherão é aquela que se depila, que passa cremes, que se maquia, que faz dieta,que malha,que usa salto alto, meia-calça,ajeita o cabelo e se perfuma,mesmo sem nenhum convite para ser capa de revista.Mulherão é quem leva os filhos na escola,busca os filhos na escola,leva os filhos para a natação,busca os filhos na natação,leva os filhos para a cama,conta histórias,dá um beijo e apaga a luz.Mulherão é aquela mãe de adolescente que não dorme enquanto ele não chega, e que de manhã bem cedo já está de pé, esquentando o leite.
Mulherão é quem leciona em troca de um salário mínimo,é quem faz serviços voluntários,é quem colhe uva,é quem opera pacientes,é quem lava roupa pra fora,é quem bota a mesa,cozinha o feijão e à tarde trabalha atrás de um balcão.Mulherão é quem cria filhos sozinha, quem dá expediente de oito horas e enfrenta menopausa,TPM,menstruação.Mulherão é quem arruma os armários, coloca flores nos vasos,fecha a cortina para o sol não desbotar os móveis, mantém a geladeira cheia e os cinzeiros vazios.Mulherão é quem sabe onde cada coisa está, o que cada filho sente e qual o melhor remédio pra azia.

LUMAS,BRUNAS,CARLAS,LUANAS E SHEILAS:Mulheres nota dez no quisito lindas de morrer, mas MULHERÃO É QUEM MATA UM LEÃO POR DIA
Martha Medeiros

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

"MUITAS VEZES CHORAMOS NÃO PORQUE SOMOS FRACOS, MAS POR TERMOS SIDO FORTES DURANTE MUITO TEMPO".


 
Quando li essa frase, achei interessante, mas percebi depois o quanto ela se aplica a minha pessoa. Já ouvi de outrem que pareço uma pessoa muito segura, muito confiante, até bem resolvida - ou algo que o valha.

Na verdade era apenas praticidade, diante de situações que exigiam tomada de decisão. Ou ainda porque não sou dada a "morrer de véspera" - o que , na verdade , é uma senhora economia de talento, fato.

Porém... isso não quer dizer que você será uma fortaleza para sempre. Hoje, choro com uma facilidade incrível - o que não vale para reprise de "O Regresso do Corcel Negro na sessão da tarde, tampouco pra comercial de margarina - inclusive quando algo me comove positivamente. Dia desses,por exemplo, fiquei nuito sensibilizada ao perceber que certos laços não se desfazem, independente da ação do tempo e/ou da distância.

Bem... o fato é: DEVEMOS VIVER BEM COM O QUE TEMOS. Quanto ao que (ou quem) falta, nada como o tempo para curar a ferida e/ou preencher o vazio. De tudo, o que fica é a certeza que devemos viver as emoções, incluindo as alegres.


 

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A vida me ensinou... CHAPLIN


A vida me ensinou...




A dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração;
Sorrir às pessoas que não gostam de mim,
Para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir; aprender com meus erros.
Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças; sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo.
A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhoso com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que só precisam desabafar;
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos;
Perdoar incondicionalmente, pois já precisei desse perdão;
Amar incondicionalmente, pois também preciso desse amor;
A alegrar a quem precisa;
A pedir perdão;
A sonhar acordado;
A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário);
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;
Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas", 
embora nem sempre consiga entendê-las;
A ver o encanto do pôr-do-sol;
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser;
A abrir minhas janelas para o amor;
A não temer o futuro;
Me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente,
como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesmo tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher.


Charles Chaplin

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A GENTE SE ACOSTUMA, MAS NÃO DEVERIA...

     Relendo o texto de Marina Colasanti, acabei refletindo sobre as coisas que eu penso que a gente não deve se acostumar. Especialmente no que diz respeito ao "mais ou menos".
     Estar "mais ou menos" alegre, dedicar-se integralmente a uma relação "mais ou menos" ... ou ainda dedicar-se "mais ou menos" a uma relação, ser "mais ou menos" amigo, estar "mais ou menos" envolvido, gostar "mais ou menos" do que faz...
     Óbvio, nem tudo é como a gente quer. Mas é essencial aprender a viver com o que se tem, e não viver projetando a felicidade no que falta.
      O que eu quero dizer é que fazer parte do "Mais ou Menos F.C. " parece vantajoso. Dá a impressão que você se economiza, sofre menos. Mas esse medo de elogiar, de mostrar o que sente, de não querer viver a intensidade dos sentimentos, esse receio excessivo em se doar a alguém ou algo - só nos faz "mais ou menos" legais, "mais ou menos" queridos.
     E, certamente, lá no fundo sabemos que esse "mais ou menos" não nos leva além. Mais que isso, momentos "mais ou menos" não entram pra posteridade.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

         A vida : uma caixinha de surpresas. Somos sempre cheios de certezas,sempre orgulhosos de nossas escolhas, da nossa "maturidade"...E e bem nessa hora que a vida vem com suas novidades pra cima da gente. Ela, tão dona de si, independente, segura, amante do R&B e do samba, de repente se vê com um show hardcore na agenda.
         Ele, sistemático,sisudo, acostumado com a rotina, de poucas cores no guarda roupa,amante do rock,MPB e musica clássica, de repente se vê numa tradicional e animada roda de samba... O que eles tem em comum????
         A certeza de que, em algum momento da vida, a gente tem que se permitir. Tem que experimentar. E assim viver novas historias. Pois a vida e isso, um processo eterno de aprendizado e ajustes. Se você se imagina pronto, completamente maduro, 100% seguro de quem você eh...acaba perdendo as surpresas do caminho...
         Você ate existe... mas nem de longe da pra dizer que você, de fato, VIVE.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

ESCOLHAS...

          Durante essa semana, falei muito sobre escolhas. É claro que nem tudo acontece do jeito que a gente planeja, imagina ou espera. Mas tem coisas que a gente pode evitar. E tantas outras que a gente pode se permitir.
          Por exemplo, ao invés de só lamentar por tudo aquilo que não deu certo, podemos mudar a estratégia e tentar mais uma vez. Por que não trocar o domingo solitário em frente a TV (ou computador, ou algo que o valha) por um bate papo descontraído com os amigos? Para que viver lamentando por aquilo que você não tem agora? Experimente aproveitar tudo o que você tem. Mais do que isso, aprenda a ser feliz com tudo e todos que estão ao seu redor.
          Ao invés de choramingar, lamentar por algo ou alguém que você tanto espera - e que talvez esteja demorando horrores a chegar - aproveite a beleza do caminho e viva quantos bons momentos forem possíveis até o momento tão esperado.
          Insatisfação constante é tédio. Lá na frente, quando você fizer um balanço de tudo, tomara que haja uma infinidade de coisas boas em sua trajetória. Eu até podia lamentar até sabe Deus quando, mas ESCOLHI viver (ao menos tentar) bons momentos sempre que possível.
          Até quando? Só Deus sabe, de repente depois de tanta escuridão, a luz esteja se apresentando aos poucos... E talvez esteja a caminho uma bela manhã ensolarada... Mesmo que de vez em quando o tempo feche, lembre-se que até a chuva tem uma finalidade. Enfim, VOCÊ ESCOLHE  o que fazer com seus dias. ESTÁ EM SUAS MÃOS...

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

" O frio que vem de dentro " 
Conta-se que seis homens ficaram presos numa caverna por causa de uma avalanche de neve. Teriam que esperar até o amanhecer para receber socorro. Cada um deles trazia um pouco de lenha e havia uma pequena fogueira ao redor da qual eles se aqueciam. Eles sabiam que se o fogo apagasse todos morreriam de frio antes que o dia clareasse. Chegou a hora de cada um colocar sua lenha na fogueira. Era a única maneira de poderem sobreviver. 

O primeiro homem era racista. Ele olhou demoradamente para os outros cinco e descobriu que um deles tinha a pele escura. Então, raciocinou consigo mesmo: "aquele negro! Jamais darei minha lenha para aquecer um negro". E guardou-a protegendo-a dos olhares dos demais. 
O segundo homem era um rico avarento. Estava ali porque esperava receber os juros de uma dívida. Olhou ao redor e viu um homem da montanha que trazia sua pobreza no aspecto rude do semblante e nas roupas velhas e remendadas. Ele calculava o valor da sua lenha e, enquanto sonhava com o seu lucro, pensou: "eu, dar a minha lenha para aquecer um preguiçoso", nem pensar. 
O terceiro homem era negro. Seus olhos faiscavam de ressentimento. Não havia qualquer sinal de perdão ou de resignação que o sofrimento ensina. Seu pensamento era muito prático: "é bem provável que eu precise desta lenha para me defender. Além disso, eu jamais daria minha lenha para salvar aqueles que me oprimem". E guardou suas lenhas com cuidado. 
O quarto homem era um pobre da montanha. Ele conhecia mais do que os outros os caminhos, os perigos e os segredos da neve. Este pensou: "esta nevasca pode durar vários dias. Vou guardar minha lenha."
 O quinto homem parecia alheio a tudo. Era um sonhador. Olhando fixamente para as brasas, nem lhe passou pela cabeça oferecer a lenha que carregava. Ele estava preocupado demais com suas próprias visões (ou alucinações?) Para pensar em ser útil. 
O último homem trazia nos vincos da testa e nas palmas calosas das mãos os sinais de uma vida de trabalho. Seu raciocínio era curto e rápido. "esta lenha é minha. Custou o meu trabalho. Não darei a ninguém nem mesmo o menor dos gravetos". Com estes pensamentos, os seis homens permaneceram imóveis. A última brasa da fogueira se cobriu de cinzas e, finalmente apagou. No alvorecer do dia, quando os homens do socorro chegaram à caverna encontraram seis cadáveres congelados, cada qual segurando um feixe de lenha. 
Olhando para aquele triste quadro, o chefe da equipe de socorro disse: "o frio que os matou não foi o frio de fora, mas o frio de dentro". Não deixe que a friagem que vem de dentro mate você. Abra o seu coração e ajude a aquecer aqueles que o rodeiam. Não permita que as brasas da esperança se apaguem nem que a fogueira do otimismo vire cinzas. Contribua com seu graveto de amor e aumente a chama da vida onde quer que você esteja. 

             Ontem, aproveitando o cansaço, dormi cedo (quer dizer, meia-noite) e achei por bem não ficar mergulhada no que representava a data de ontem. Já se passaram 4 meses desde que minha mãe se foi. Na verdade, sempre senti como se fosse mais tempo.
              Somente ontem entendi que essa sensação se deve ao fato de que ela, a personificação da animação e do gosto pela rua, havia desistido de viver bem antes da partida. E que eu, ainda que inconscientemente, bloqueei esse tipo de lembrança … A imagem que tenho da minha mãe é risonha, animada, planejando ou executando algo... E é essa a imagem que deve permanecer. Mesmo que a lágrima venha em função da saudade, um sorriso vem junto lembrando de alguma passagem engraçada ou de muita alegria.
             Graças a Deus, a lucidez se faz presente e a tristeza não tomou conta de mim, embora ainda não consiga mexer em certos objetos, e o quarto em que ela dormia ainda seja a parte da casa em que raramente entro. Mas volto a sentir-me confortável na casa que agora é TODA minha.
Antes, o vazio físico e a tristeza faziam este espaço parecer aquelas mansões dos “gangstas”, tipo 12 quartos, 8 banheiros, não sei quantas salas... Volto a ter a dimensão real da casa, mais que isso, volto a pertencer ao espaço. E a adequar-me a nova situação, da melhor forma possível. É fundamental citar que quando não se está sozinho, tudo é mais fácil. E não falo só de sozinha em termos de relacionamento. Falo de todo o suporte que tive, tenho e terei pois vivo cercada de pessoas as quais tornaram-se família.
          Aliado a tudo isso, ainda há uma série de novidades que a vida vem apresentando (e quem me conhece sabe que a minha vida é uma novela das mais animadas) e diante das quais não reajo com medo, tampouco resistência. Vou vivendo o melhor de tudo, com tudo a que tenho direito. Aliás, tenho especialmente o direito de relaxar. A mente e o coração, tão sacrificados ultimamente.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Vivendo e aprendendo...

      Incrível como tem gente que ousa reclamar de tédio, monotonia...
      Todos os dias recebemos belíssimos presentes, alguns em embalagens incríveis, outros que parecem embalagens mal feitas... mas cujo conteúdo vamos guardar por toda a vida...
      Essa madrugada foi tensa... e quando o sono não é de qualidade, nada como os bons e velhos momentos de reflexão... Pensei em tudo o que me aconteceu recentemente, em como tem sido os meus dias após os trágicos acontecimentos... Como eu venho me comportando e mantendo-me lúcida (teoricamente). 
     O principal, não perdi a capacidade de aprender. Aprender e apreender... Tampouco a capacidade de surpreender-me com o há de novo e agradecer por tudo de bom que tem acontecido...           Aprender a ser feliz com o que tenho, e não lamentar apenas o que me falta... E com esse aprendizado, excluir o que nada me acrescenta; e manter olhos, ouvidos e coração abertos para as coisas boas que tem me acontecido e que ainda acontecerão...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Em Processo...e em recesso...

         Quinze dias de relax, tudo o que eu mereço... E o melhor disto tudo é que, além da boa fase que vivo, a bonança se estende a pessoas a quem muito estimo... E não há palavras para descrever o quão feliz estou, ao ver que as pessoas que tanto me ajudaram, também vivem  tempos igualmente felizes...
          Pessoas que sofreram comigo, também desfrutam de muita alegria neste momento que é particularmente favorável a mim - depois de tanta tempestade.
          Amigo não é só pra dividir problema... Bom mesmo é constatar que o céu azul é pra todos os que estão por perto e que passaram a tormenta com você... Não vou fazer mais uma citação de Dia do Amigo... já são tantas... Mas preciso compartilhar a alegria que é estar feliz e ao mesmo tempo ver a felicidade de pessoas verdadeiramente estimadas por você. Ver que você tem uma torcida fiel e ao mesmo tempo participar da torcida para que tudo dê muito certo para os seus...isso não tem preço.
         Depois de muito tempo,  saber que as coisas estão voltando aos seus lugares...e que você vai continuar a viver da melhor maneira , porque você TEM MOTIVOS para isso, é fantástico...
         Estou "em processo" sempre... Ultimamente, mais EM PROCESSO do que nunca estive na vida... Mas, fundamentalmente, em processo de reestruturação.  E em processo de descoberta... Descobrindo que cada pequena alegria pode transformar sua vida. Numa GRANDE história...

quarta-feira, 13 de julho de 2011

"Quem não dá assistência, gera concorrência" ARNALDO JABOR

       A blogueira anda meio sem tempo pra organizar as idéias...fato. Mas não poderia deixar de compartilhar esse texto interessante do graaaande Jabor... Aí vai...



Quem não dá assistência, abre concorrência

Você homem da atualidade, vem se surpreendendo diuturnamente com o "nível" intelectual, cultural e, principalmente, "liberal" de sua mulher, namorada e etc.

Às vezes sequer sabe como agir, e lá no fundinho tem aquele medo de ser traído - ou nos termos usuais: "corneado". Saiba de uma coisa... esse risco é iminente, a probabilidade disso acontecer é muito grande, e só cabe a você, e a ninguém mais evitar que isso aconteça ou, então, assumir seu "chifre" em alto e bom som.

Você deve estar perguntando porque eu gastaria meu precioso tempo falando sobre isso. Entretanto, a aflição masculina diante da traição vem me chamando a atenção já há tempos.

Mas o que seria uma "mulher moderna"?

A princípio seria aquela que se ama acima de tudo, que não perde (e nem tem) tempo com/para futilidades, é aquela que trabalha porque acha que o trabalho engrandece, que é independente sentimentalmente dos outros, que é corajosa, companheira, confidente, amante...

É aquela que às vezes tem uma crise súbita de ciúmes mas que não tem vergonha nenhuma em admitir que está errada e correr pros seus braços...

É aquela que consegue ao mesmo tempo ser forte e meiga, desarrumada e linda...

Enfim, a mulher moderna é aquela que não tem medo de nada nem de ninguém, olha a vida de frente, fala o que pensa e o que sente, doa a quem doer...

Assim, após um processo "investigatório" junto a essas "mulheres modernas" pude constatar o pior:

VOCÊ SERÁ (OU É???) "corno", a menos que:

- Nunca deixe uma "mulher moderna" insegura. Antigamente elas choravam. Hoje, elas simplesmente traem, sem dó nem piedade.

- Não ache que ela tem poderes "adivinhatórios". Ela tem de saber - da sua boca - o quanto você gosta dela. Qualquer dúvida neste sentido poderá levar às conseqüências expostas acima.

- Não ache que é normal sair com os amigos (seja pra beber, pra jogar futebol...) mais do que duas vezes por semana, três vezes então é assinar atestado de "chifrudo". As "mulheres modernas" dificilmente andam implicando com isso, entretanto elas são categoricamente "cheias de amor pra dar" e precisam da "presença masculina". Se não for a sua meu amigo... bem...

- Quando disser que vai ligar, ligue, senão o risco dela ligar pra aquele ex bom de cama é grandessíssimo.

- Satisfaça-a sexualmente. Mas não finja satisfazê-la. As "mulheres modernas" têm um pique absurdo com relação ao sexo e, principalmente dos 20 aos 38 anos, elas pensam em - e querem - fazer sexo todos os dias (pasmem, mas é a pura verdade)...bom, nem precisa dizer que se não for com você...

- Lhe dê atenção. Mas principalmente faça com que ela perceba isso. Garanhões mau (ou bem) intencionados sempre existem, e estes quando querem são peritos em levar uma mulher às nuvens. Então, leve-a você, afinal, ela é sua ou não é????

Nem pense em provocar "ciuminhos" vãos. Como pude constatar, mulher insegura é uma máquina colocadora de chifres.

- Em hipótese alguma deixe-a desconfiar do fato de você estar saindo com outra. Essa mera suposição da parte delas dá ensejo ao um "chifre" tão estrondoso que quando você acordar, meu amigo, já existirá alguém MUITO MAIS "comedor" do que você...só que o prato principal, bem...dessa vez é a SUA mulher.

Sabe aquele bonitão que, você sabe, sairia com a sua mulher a qualquer hora. Bem... de repente a recíproca também pode ser verdadeira. Basta ela, só por um segundo, achar que você merece...Quando você reparar... já foi.

- Tente estar menos "cansado". A "mulher moderna" também trabalhou o dia inteiro e, provavelmente, ainda tem fôlego para - como diziam os homens de antigamente - "dar uma", para depois, virar pro lado e simplesmente dormir.

- Volte a fazer coisas do começo da relação. Se quando começaram a sair viviam se cruzando em "baladas", "se pegando" em lugares inusitados, trocavam e-mails ou telefonemas picantes, a chance dela gostar disso é muito grande, e a de sentir falta disso então é imensa. A "mulher moderna" não pode sentir falta dessas coisas...senão...

Bem amigos, aplica-se, finalmente, o tão famoso jargão "quem não dá assistência, abre concorrência".

Deste modo, se você está ao lado de uma mulher de quem realmente gosta e tem plena consciência de que, atualmente o mercado não está pra peixe (falemos de qualidade), pense bem antes de dar alguma dessas "mancadas"... proteja-a, ame-a, e, principalmente, faça-a saber disso.

Ela vai pensar milhões de vezes antes de dar bola pra aquele "bonitão" que vive enchendo-a de olhares... e vai continuar, sem dúvidas, olhando só pra você!
Arnaldo Jabor