SÓ
SEI QUE NADA SEI...
Há
tempos um assunto é recorrente em discussões com minhas amigas...
essa dualidade entre “o que a gente foi criada pra ser” e “como
reagir a essa tsunami comportamental dos últimos anos”. Achar um
meio termo entre estas duas questões não é fácil.
Definitivamente.
Antes,
mudanças comportamentais eram um processo longo e demoravam 20, 30
anos pra concluírem um “ciclo”. Do fim dos 70 pra cá (fim
mesmo, pois sou de 1979) a coisa deu uma degringolada e tudo o que a
gente foi criada pra ser meio que caiu por terra. Nossas mães foram
criadas para serem boas esposas, e só. Mas tiveram que fazer uma
revisão de seus conceitos pois nesta época a mulher devia bradar
por independência financeira – e ainda assim, ser mulher, mãe e
profissional.
O
problema é que no meio disso tudo a gente ainda ouvia que teríamos
que nos comportar de um jeito não devassa, mas não
submissa...devíamos ter sentimentos mas ao mesmo tempo ser
racionais. Respeitar o nosso futuro marido, mas escolher alguém que
nos oferecesse as mesmas condições que tínhamos em casa, no
mínimo, pois nossos pais se esforçavam e muito para que nada nos
faltasse.
E
enquanto isso, na “sala de justiça”, as mulheres pegaram a
igualdade de direitos e condições e fizeram o quê? Quiseram se
transformar em homens, dando importância a “relações-miojo” e
valorizando a quantidade – postura masculina tão criticada
outrora. Os homens, por sua vez, também se perderam no meio do
tiroteio, e não sabem bem como agir com essa “nova” mulher. Se
aproveitam do fato de que nós erramos a mão nessa coisa de querer
ter o comportamento masculino no que diz respeito a sexualidade, mas
também não tem paciência e sensibilidade pra enxergar aquelas que
ainda resistem em entrar pro grupo das “preparadas, cachorras,
popozudas e afins”.
E
agora, que rumo tomar? Com a independência financeira, mulheres não
querem mais levar adiante casamentos teoricamente malsucedidos. Mas o
que é um casamento malsucedido? Aliás, qual é o conceito de
casamento hoje? O que importa de fato para que a relação realmente
se consolide?
Nossos
pais não sabem responder tal questão. A gente também não. Mas
algumas de nós estamos realmente empenhadas em redescobrir valores,
que façam uma relação valer a pena. De verdade. Porque no meio
disso tudo, uma coisa não muda: NÃO FOMOS FEITOS PARA A SOLIDÃO.
Não a constante.
Agora,
como responder às nossas expectativas diante de relacionamentos, em
meio a questionamentos de uma sociedade que tenta padronizar(mas que
muitas vezes é pura hipocrisia), mais as referências que nossos
pais tem, sem saldo de feridos... IMPOSSÍVEL. Se alguém souber como
faz, POR FAVOR, entre em contato. O Clube das Luluzinhas
agradece...rs
só me pergunto uma coisa !!!!!! será que nós teremos essa resposta pras nossas filhas ???!!!! pq passar mais 20 , 30 anos falando sobre isso seria um declinio da nossa tao almejada evoluçao eu sei que é mta pretencao querer a cura emocional pra todos esses conflitos mas que pelo menos venham outros e que consigamos viver com expectativas reais que possamos sonhar com aquilo , que é palpável sem essa necessidade desesperada e confusa que temos de nos materializar no outro sem liberdade , sem direito a errar
ResponderExcluirÉ, Giselle... Mas essa geração vai sofrer mais que a gente. Por que mal ou bem a gente tem referências, inclusive do que NÃO fazer. Agora pra essa galera que vem na base da permissividade...
ResponderExcluirA gente vai ter um trabalhão,pois teremos que separar joio do trigo em termos comportamentais e sentimentais... para que nossos filhos sintam segurança e que sabemos do que estamos falando. Por enquanto, tá todo mundo muito perdido.
ResponderExcluirÉ minha cara amiga... tentar encontrar o meio termo no meio disso tudo é que deve ser feito.
ResponderExcluirAntes tínhamos uma "receita de bolo" que muitas vezes não era tão boa assim, mas que por algum tempo funcionou. Hoje tudo mudou realmente. O que era certo, virou cafona, o que era errado, agora é moda. Tá tudo muito complicado. É trabalho dobrado mesmo nos dias de hoje pra se manter correta e tentar seguir algumas dessas "modices".
O complicado é que até a nossa noção de "correto/errado" tá caindo por terra. Destruíram um modelo de comportamento , apresentam várias possibilidades mas a questão é que a maioria delas é meio sem responsabilidade. Então, como fica?????
ResponderExcluirE isso fica pior quando somos criadas numa família religiosa, pois junte-se a tudo o que a sociedade cobra e mais o que a igreja "orienta". Aí, você lê, estuda, aprende a ter suas próprias opiniões e pronto: você pensa totalmente diferente da forma que foi criada. Porém, sempre tem um porém, aquelas ideias pré-concebidas estão sempre martelando em você. Por isso, é que quando eu começo a sofrer um pouquinho por coisas deste tipo, eu paro, reflito e quando dá jogo tudo para o alto. Comportamento adequado não existe, o que existe é ter a consciência de fazer algo respeitando não só os outros, mas também a você mesma. Aquela velha história do que os outros vão pensar já passou, se você não está atrapalhando ninguém, então: SEJA FELIZ!
ResponderExcluirEsqueci de novo, Alê. O comentário de cima é meu.
ResponderExcluirAparecida Brandão
Companheira Aparecida, falou tudo!!!! A gente é que sabe onde o calo aperta...a gente é que ,no fim, tem que tomar as decisões. E daí, achar a nossa "verdade", arcando com ônus e bônus de nossas escolhas.
ResponderExcluirO povo tá pensando que essa coisa de "eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo" não vai DAR RUIM (como se diz hoje em dia) em algum momento. Chegar aos 30 se preocupando em contar quantos (quantas) pegaram na noite pode ser comentário entre os amigos, mas no sossego do quarto, isso garante o quê? Que retorno??? Em que isso ajuda, a longo prazo????
No mais, é achar o nosso caminho... escolher as nossas paisagens.