sexta-feira, 29 de maio de 2015

A relativa liberdade sexual feminina


   No noticiário, uma mulher que manteve relações sexuais com dois homens e teve imagens divulgadas. Claro, a sociedade (pseudo) moralista só faltou condenar a sujeita à guilhotina.

   O grande problema é que, xingamentos à parte, isso sempre aconteceu e sempre vai acontecer: mulheres que deixam o desejo falar mais alto sim e que pagam o preço por suas aventuras...com as dores e delícias de suas escolhas.

   O que me deixa no mínimo curiosa é a intensidade do ódio das mulheres quando comentam o assunto, vociferando bem mais que homens. As mesmas mulheres que querem igualdade de condições.

   Se está certa ou errada, ela é quem decide. Gostando ou não, tá feito. E mais, as mulheres que a chamam de vadia pra baixo precisam lembrar que os seus respectivos teriam a mesmíssima atitude do cobrador e motorista, se tivessem a chance.

   Mais que isso, a mulher que se pertence e dá vazão às suas vontades não necessariamente é uma mulher de vida fácil. Muitas dessas “vadias” são nossas irmãs, primas, até filhas e o povo achando que só acontece no quintal dos outros.
   Falar de promiscuidade, discutir privacidade e intimidade também são questões que cabem nesse contexto. Agora esse ódio da mulherada só terá uma consequência: homens com a mente muito fechada, que tratam a mulher apenas como dona de casa e brinquedo sexual , ignorando a complexidade de papeis que as mulheres lutaram tanto para conseguir.

30 e poucos anos...



 

   Sempre ouvi falar da crise dos 30...dos 40... mas ultimamente me pego pensando no que já foi e no que virá, agora que estou além do meado dos 30.

 Os quarenta cada vez mais perto assustam. O que a gente achava que estaria decidido nos 30 , nem de longe se definiu. As certezas que a gente achava que teria aos 40; nem de longe. O pior, não temos certeza de mais nada, já que quando o leque de possibilidades se abre, o número de dúvidas cresce proporcionalmente.

   O que eu decidi? Não decido quase nada. O que depende de mim, ok. O que não resolvo, não me consome. De vez  em quando o “e se” até passa pela mente...mas a avalanche de interrogações que aparece é assustadora.

   Daí que eu prefiro gastar meu tempo com o que edifica. Com o que me faz sorrir. Ou crescer. Ou me deixa em paz.

   Pois a essa altura do campeonato, já abri mão de tanta coisa...mas de estar de bem comigo mesma não dá.

 

 

terça-feira, 26 de maio de 2015

Fim dos tempos... (como explicar o noticiário?)


 
   Nos últimos dias só o que tenho visto na TV são casos e mais casos de filhos que tem pago com a vida a inconsequência de seus (ir)responsáveis.

   Casos e mais casos de crianças morrendo em função do descontrole dos pais. E até que a tragédia terminasse desse jeito, certamente houve outros incontáveis episódios com a conivência dos pais.

   Pior... contando com a conformação dos parceiros e quem sabe até dos vizinhos. E ainda que os vizinhos não se conformem, há o sistema que acaba soltando assassinos dias depois do acontecimento da tragédia.

   Enquanto isso, não há ECA (Estatuto da Criança e Adolescente) que salve esses pobres anjos condenados à morte por aqueles que deveriam salva-los.

   O tal Estatuto parece só ter valor para os que não se adequam às regras e são produto da fábrica de problemas do Estado, que com sua mentalidade tosca prefere construir prisões e pagar alimento pra detentos do que investir no futuro da Nação.
   Mas isso é papo pra outra postagem...

sábado, 9 de maio de 2015

Nosso país está mudando?



    Sempre ouço dizer que “o gigante voltou pro berço” desde as últimas manifestações . Concordo que o ativismo de sofá não resolve muita coisa; porém não lembro de ter visto a política e questões relativas ao destino do país virarem assunto na boca do povo.

    Já que tudo na vida é um processo, quem sabe esse hábito de pelo menos tomar partido e pensar no assunto é o começo de uma tomada de consciência?
    Uns já decidiram que panela interfere na política, outros decidiram pensar um pouco a respeito... outros não falam mas tem lá suas pulguinhas atrás da orelha...

    O que me deixa esperançosa é que ultimamente nem BBB, nem Carnaval, nem as separações ou casos extraconjugais de celebridades ocuparam tanto espaço nas conversas quanto o nosso país. Ainda que o debate ainda esteja superficial, acho muito interessante que pelo menos esse assunto seja visto como importante.

O Dono do Mundo...


 

   Por acaso hoje voltei a assistir a novela exibida há mais de vinte anos. Incrível como muita coisa mudou... mas infelizmente muita coisa permanece , ou até retrocedeu.

   Em termos de transporte e comunicações, nossa...parece que foi exibida há mais de cinco décadas. O “telefone circular” era o que havia de mais moderno. As roupas até que já foram revisitadas de forma bem interessante.

   Agora, o comportamento masculino retratado na novela...ah, esse parece que é da semana passada. O “homem enxaqueca negligente” que é traído por força da circunstância e toma isso como ofensa mortal – mas se relaciona sexualmente com a mulher do colega de trabalho...

   A mulherada que não se decide entre se deixar corroer pelo ódio ou se entregar às loucuras da paixão ... quando são apenas dois lados da mesma moeda...

   Incrível como em vinte anos dominamos a Ciência mas não sabemos lidar com nossos sentimentos...