terça-feira, 27 de março de 2012

COM ATRASO...MAS NA OCASIÃO CERTA.

    Fomos criadas "para o futuro".  Valorizando o casamento, mas visando a autonomia.  Ouvindo que o emprego é o melhor marido. Que o mundo é muito competitivo. Mas que também deveríamos prezar pela feminilidade e aprender a cuidar de uma casa.
    Deveríamos também aprender o "como ser uma garota esperta" mesmo sendo este um conceito beeeeem relativo. Paralelamente, assistimos a degradação das famílias, - e por tabela, dos relacionamentos. E o tal modelo de "mulher do futuro" ruiu.
    E no meio dessa ruína tivemos que juntar caquinhos e construir mulheres fortes. Que não se deixam levar por qualquer lorota, mas  que acabaram endurecendo (às vezes até demais)... E nesse processo, nosso mundo cor-de-rosa dura menos que deveria; e a gente crente que tá abafando no mundo das mulheres fortes.
    Até que uma hora cai a ficha que somos, sobretudo, MULHERES. Já mais amadurecidas, admitimos nossas fraquezas.  E entendemos que assumir e porque não, mostrar esse outro lado, não é pura fragilidade.
    Assumir o que se é. "Endurecer sin perder la ternura".

quarta-feira, 14 de março de 2012

Mulheres...e mulheres.



Mulheres...e mulheres.

     Ontem, assistindo um dos meus programas favoritos na TV, me surpreendi com a mente pequena de algumas criaturinhas em pleno 2012.
       O tema era violência doméstica, claro que mulheres e mais mulheres deram seus depoimentos. Ficar chocada com quem sustenta uma relação baseada na agressão (física,psicológica ou ambas) não foi nada. Dois pontos me chocaram demais.
       Um tal de Joaquim bradava que era um homem honesto, trabalhador, decente ou algo que o valha, mas não suportava safadeza. E caso safadeza por parte da mulher houvesse, pancadaria rolaria. O catiço sênior ainda comentou da ex companheira que cuidou dele enquanto ele estava doente – mesmo sendo vítima de agressão do bruto.
    Mesmo a sujeita não aproveitando a oportunidade pra dar o troco, ele ainda assim falava mal dela. O mais curioso era ele comentar que ia a bailes, “pegava geral”, as mulheres sabem como ele é, mas mesmo assim, há quem tope. Não sei o que é pior : ele achar que mulher é massa pra ser sovada; ou se são essas ditas cujas que sabem como ele é mas mesmo assim querem ter o gostinho do catiço sênior. Ainda devem encher a boca pra dizer que esse tipo é “machão”...
      Não bastasse essa pérola... enquete nas ruas sobre violência doméstica. Como diz Lopes Maravilha: PASMEM OS SENHORES, 95% da mulherada afirmava que quem apanha é porque provavelmente merece. Às mulheres, nem o benefício da dúvida, por parte das MULHERES.
   Aí depois reclamam quando são tratadas como peças de reposição... quando não são valorizadas. Se as mulheres acham que mulher que apanha é porque deve apanhar...
         A geração de canalhinhas tá garantida. Sim, pois nenhuma das entrevistadas era adolescente...beiravam os 30, pelo menos. E provavelmente tem filhos, que irão repetir esse pensamento retrógrado de suas mãezinhas.
       Tenho medo...