sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Criança em fúria...


Muito se falou sobre o vídeo do menino quebrando tudo dentro de uma escola no estado do Rio.
Primeiramente, muito me espanta a calma da mãe dando entrevista. O mínimo que ela deveria mostrar certa indignação com as tais agressões . Segundo, espero que ela esteja bem preocupada com as razões que estão gerando tal comportamento.
Por trás de um ataque de fúria como aquele, pode estar uma rotina infernal de agressões. E quando dentro da escola a criança se depara com o que ela não suporta ver em casa, é a gota que faltava pra transbordar.
Especificamente nesse caso, não basta só dizer que o menino não é assim e pronto. É urgente que se investigue, na escola e em família, o que levou a criança a tamanho descontrole. Necessário também, e pra ontem, que os profissionais da educação sejam orientados LEGALMENTE em como agir numa situação dessa - que é muito mais comum do que se imagina.
Legalmente pois só ouvi que diretora foi afastada, que a polícia vai investigar quem divulgou - mas não ouvi falar em ajuda psicológica. Todo mundo baixando o sarrafo na equipe, mas é essa a orientação recebida por muitos: "não toque no aluno, pode dar processo".
E daí a escola que já tem sido muito mais responsável por apresentar os valores básicos do que a família , agora tem mais essa preocupação.

Tenho muito medo de isso "virar moda". Nesses tempos em que o Estado manda em muita coisa ( na lei) mas não cumpre suas obrigações mínimas, o prejudicado será sempre o educador.

Desarmento...


O país em polvorosa...trocentas questões fervilhando de Norte a Sul do país e nossos deputados estão preocupados em carregar armas sem precisar se justificar...
Se ainda fosse pra defender a honra do povo brasileiro nem dizia nada. Mas sei que os coronéis vão balear esposas, empregados, desafetos ou qualquer um que disser NÃO às suas propostas indecorosas.
Fora que , frequentemente, temos exemplos vindos dos EUA que não cansam de reforçar que o cidadão como agente de segurança não dá certo. A maioria nem tem sanidade mental ou equilíbrio emocional pra isso. Crianças baleadas em escolas, inocentes morrendo em cinemas não significam nada para a classe política - que julgam ser mais importante a liberação das armas do que questões como saúde, educação e segurança.
E a população, ainda preocupada com o que virá, não fica atenta a questões urgentes como essa que só visam extermínio dos desfavorecidos. Já tivemos o caso de um jornalista conceituado que assassinou a namorada e que não sofreu punição justamente por sua influência.
Já não basta a bancada moralista, agora teremos a bancada homicida? É sério isso, produção?

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Política não se discute (?)

       Sempre ouvi dizer que política não se discute. E como toda bobagem dita repetida e automaticamente, acaba virando verdade para muita gente. Por conta desse mito, nossos políticos chegaram num grau de displicência jamais visto.
       Especificamente falando do Rio de Janeiro, hoje foi notícia o vexame que são as águas que servirão como local de provas nos Jogos Olímpicos. Já vejo os comitês nacionais sugerindo aos atletas que tomem todas as vacinas possíveis, bem como orientando que seus atletas assinem seguros de vida em caso de contraírem alguma doença incapacitante (ainda que temporariamente) em nossas águas.
       O (des)governo, que ainda é o mesmo mas o ex-vice consegue ser ainda mais omisso como governador, deve banhar-se em óleo de peroba todas as manhãs, tamanho o convencimento de que tudo vai correr bem. Mais que isso, a cidade toda quebrada, trocentas obras acontecendo simultaneamente - como se não existisse cronograma de obras, estudos ambientais , engenharia de tráfego ou coisas do tipo.
       Na Copa deu tudo certo, mas daí a fazer cara de paisagem outra vez é confiar muito na sorte. Porém enquanto todos insistirem nessa falácia de que não se discute política e que isso é assunto de intelectuais, o que veremos é isso aí.
       Gente nadando em dinheiro, empresas que matam ou prejudicam inocentes sem que nada lhes aconteça; afinal de contas a política é um universo paralelo que nada tem a ver com a vida do povo, não é mesmo?
        #sóquenão
 

sexta-feira, 29 de maio de 2015

A relativa liberdade sexual feminina


   No noticiário, uma mulher que manteve relações sexuais com dois homens e teve imagens divulgadas. Claro, a sociedade (pseudo) moralista só faltou condenar a sujeita à guilhotina.

   O grande problema é que, xingamentos à parte, isso sempre aconteceu e sempre vai acontecer: mulheres que deixam o desejo falar mais alto sim e que pagam o preço por suas aventuras...com as dores e delícias de suas escolhas.

   O que me deixa no mínimo curiosa é a intensidade do ódio das mulheres quando comentam o assunto, vociferando bem mais que homens. As mesmas mulheres que querem igualdade de condições.

   Se está certa ou errada, ela é quem decide. Gostando ou não, tá feito. E mais, as mulheres que a chamam de vadia pra baixo precisam lembrar que os seus respectivos teriam a mesmíssima atitude do cobrador e motorista, se tivessem a chance.

   Mais que isso, a mulher que se pertence e dá vazão às suas vontades não necessariamente é uma mulher de vida fácil. Muitas dessas “vadias” são nossas irmãs, primas, até filhas e o povo achando que só acontece no quintal dos outros.
   Falar de promiscuidade, discutir privacidade e intimidade também são questões que cabem nesse contexto. Agora esse ódio da mulherada só terá uma consequência: homens com a mente muito fechada, que tratam a mulher apenas como dona de casa e brinquedo sexual , ignorando a complexidade de papeis que as mulheres lutaram tanto para conseguir.

30 e poucos anos...



 

   Sempre ouvi falar da crise dos 30...dos 40... mas ultimamente me pego pensando no que já foi e no que virá, agora que estou além do meado dos 30.

 Os quarenta cada vez mais perto assustam. O que a gente achava que estaria decidido nos 30 , nem de longe se definiu. As certezas que a gente achava que teria aos 40; nem de longe. O pior, não temos certeza de mais nada, já que quando o leque de possibilidades se abre, o número de dúvidas cresce proporcionalmente.

   O que eu decidi? Não decido quase nada. O que depende de mim, ok. O que não resolvo, não me consome. De vez  em quando o “e se” até passa pela mente...mas a avalanche de interrogações que aparece é assustadora.

   Daí que eu prefiro gastar meu tempo com o que edifica. Com o que me faz sorrir. Ou crescer. Ou me deixa em paz.

   Pois a essa altura do campeonato, já abri mão de tanta coisa...mas de estar de bem comigo mesma não dá.

 

 

terça-feira, 26 de maio de 2015

Fim dos tempos... (como explicar o noticiário?)


 
   Nos últimos dias só o que tenho visto na TV são casos e mais casos de filhos que tem pago com a vida a inconsequência de seus (ir)responsáveis.

   Casos e mais casos de crianças morrendo em função do descontrole dos pais. E até que a tragédia terminasse desse jeito, certamente houve outros incontáveis episódios com a conivência dos pais.

   Pior... contando com a conformação dos parceiros e quem sabe até dos vizinhos. E ainda que os vizinhos não se conformem, há o sistema que acaba soltando assassinos dias depois do acontecimento da tragédia.

   Enquanto isso, não há ECA (Estatuto da Criança e Adolescente) que salve esses pobres anjos condenados à morte por aqueles que deveriam salva-los.

   O tal Estatuto parece só ter valor para os que não se adequam às regras e são produto da fábrica de problemas do Estado, que com sua mentalidade tosca prefere construir prisões e pagar alimento pra detentos do que investir no futuro da Nação.
   Mas isso é papo pra outra postagem...

sábado, 9 de maio de 2015

Nosso país está mudando?



    Sempre ouço dizer que “o gigante voltou pro berço” desde as últimas manifestações . Concordo que o ativismo de sofá não resolve muita coisa; porém não lembro de ter visto a política e questões relativas ao destino do país virarem assunto na boca do povo.

    Já que tudo na vida é um processo, quem sabe esse hábito de pelo menos tomar partido e pensar no assunto é o começo de uma tomada de consciência?
    Uns já decidiram que panela interfere na política, outros decidiram pensar um pouco a respeito... outros não falam mas tem lá suas pulguinhas atrás da orelha...

    O que me deixa esperançosa é que ultimamente nem BBB, nem Carnaval, nem as separações ou casos extraconjugais de celebridades ocuparam tanto espaço nas conversas quanto o nosso país. Ainda que o debate ainda esteja superficial, acho muito interessante que pelo menos esse assunto seja visto como importante.

O Dono do Mundo...


 

   Por acaso hoje voltei a assistir a novela exibida há mais de vinte anos. Incrível como muita coisa mudou... mas infelizmente muita coisa permanece , ou até retrocedeu.

   Em termos de transporte e comunicações, nossa...parece que foi exibida há mais de cinco décadas. O “telefone circular” era o que havia de mais moderno. As roupas até que já foram revisitadas de forma bem interessante.

   Agora, o comportamento masculino retratado na novela...ah, esse parece que é da semana passada. O “homem enxaqueca negligente” que é traído por força da circunstância e toma isso como ofensa mortal – mas se relaciona sexualmente com a mulher do colega de trabalho...

   A mulherada que não se decide entre se deixar corroer pelo ódio ou se entregar às loucuras da paixão ... quando são apenas dois lados da mesma moeda...

   Incrível como em vinte anos dominamos a Ciência mas não sabemos lidar com nossos sentimentos...

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Vamos economizar água...

Claro que precisamos usar nossos recursos naturais de forma consciente... mas causa-me espanto ver governantes , em especial os das cidades de maior representatividade econômica, apelando para o terror psicológico.
Mas a pergunta que não quer calar é o que fizeram os responsáveis pelo setor durante todo esse tempo... se empresas , independente do porte, não podem funcionar na base do volume morto (nome bonito pra água suja, esgoto, barro ou algo que o valha) - o que será feito se as condições climáticas não ajudarem.
Quantos empregos estão sob riscos de extinção? Quantos trabalhadores não conseguirão honrar suas dívidas por conta dos empregadores que também não o farão?
Enquanto o alto escalão só arrecadou nas grandes obras, há um risco enorme de planos a longo prazo feitos por trabalhadores e empresário de pequeno e médio porte virarem pó. 
E sem a grande massa a consumir, não sei não...Não há discurso de governante que se mantenha...

domingo, 18 de janeiro de 2015

Pedido de clemência




Todos ouvimos falar do brasileiro condenado à morte por tráfico de drogas na Indonésia. Estou achando uma “graça” essa comoção .
Meus respeitos à família do rapaz, mas uma coisa tem que ser dita. Esse pedido de clemência por parte do governo só foi pedido pois o traficante em questão era morador de Ipanema.
Fosse ele um suburbano, a sociedade iria baixar o sarrafo verbal no sujeito, talvez dissessem que cansou do Bolsa Família e resolveu ganhar mais.
Jamais seria retratado como o instrutor de voo...os adjetivos seriam traficante, criminoso... Mas de acordo com o nosso CEP somos vistos de um jeito. Se ele era boa pessoa , como dizem, paciência .
Queria ver se fosse o fornecedor de drogas para o filho de quem defendeu. Não adianta o alto escalão dizer que a Indonésia abalou as relações diplomáticas com o Brasil depois desse gesto.
O finado é que escolheu por transgredir a lei local. E para cada ação, há uma reação. Ele escolheu se colocar em risco pelo lucro.

Foi descoberto. E arcou com as consequências de seu ato. Ato esse que o fez esquecer que nem todo país tem leis tão falhas como o nosso.

Vaidade...



Tem tanta coisa mais urgente que isso acontecendo no mundo, mas foi esse o assunto que ficou atravessado na garganta...
E me fez, finalmente, parar pra escrever com calma...
Ano novo, vida nova...e tem gente que parece que não entende que vez ou outra precisamos rever nossas atitudes e estratégias, para então conseguirmos outros resultados.
Caso não o façamos, somos vistos como alguém que “congelou” no tempo. E baseado no que vi e ouvi, transmite até uma certa arrogância.
Arrogância por achar que aquela receita que nem está mais agradando ainda é melhor do que outros sabores. Por achar que todos dirão amém a seus métodos para sempre (lembrando “que o pra sempre...sempre acaba”...)
Ao ver esse murro em ponta de faca que jamais dá lugar a humildade, nem ao aprendizado, fico feliz à beça com tudo o que me permiti repensar, rever, reagir, reestruturar.
Bom demais ver que os percalços machucaram mas trouxeram leveza. A dor ensina a não carregar pesos desnecessários e valorizar o que somos e quem é de verdade.
Mas principalmente, a mim especificamente, mostrou que construir um altar pra si mesmo com os elogios que outrora recebeste é uma armadilha de perigo sem precedentes.
Ao invés de destacar-se e tornar-se desejado, quem se põe no topo acaba maravilhado com a vsão do que julga ser o topo e é esquecido pela maioria que se diverte e interage.