segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

E o mundo não se acabou... (Mais um recomeço...)

Pois é, pra quem deixou os boletos se acumularem achando que não haveria necessidade de paga-los... Não deu.
Pra quem pensou que ia fazer o que lhe desse na ideia sem maiores consequências... Também não.
Porém... o mundo não acabou, mas o ano sim. E vem aí um novo ciclo, novos planos (ou as metas não alcançadas em 2012), novos sonhos...
2012  foi um ano de reinvenção, de realizações, de materializações... é claro que com alguns sustos também...
Mas sobretudo foi o reencontro com a Alexandra de sempre... aquela que procura não se deixar levar pela ansiedade... (nem sempre consegue, fato)... que sabe o que quer mas normalmente tem discernimento pra entender que nem tudo é no meu tempo... e principalmente, a que faz de um evento simples um grande acontecimento. Levando em conta que em 2012 a viagem dos meus sonhos virou realidade, nem sei como denominar a forma que tudo isso foi internalizado.
Só sei que em 2012 reencontrei a versão light de mim mesma, pude experimentar uma sensação de liberdade beeeem mais ampla do que a que conhecia. Mais que isso, aprendi muito. Justo no ano em que estou afastada do trabalho, tive lições que em uma sala de aula levaria uma vida pra apreender algo aproximado.
Pra 2013...prometo continuar partilhando meus pitacos por aqui, continuar utilizando menos a internet (ainda uso bastante, mas consigo ficar 3, 4 dias sem usar computador... e no smartphone é aquela navegação limitada, eu não consigo ficar muuuito tempo), espero poder ter novas lições como as de 2012,  conhecer pessoas tão interessantes como no ano que acabou , sair por aí tendo a companhia indispensável de mim mesma - e me divertindo horrores...

domingo, 16 de dezembro de 2012

SOBRE DUBAI parte V


Uma coisa que me deixou boquiaberta foi a forma como eles lidam com a questão da fé.

Imagine-se dentro de um mega shopping, com as lojas mais luxuosas do planeta,quando percebo uma multidão masculina tomando o mesmo rumo.

Muitos apressados, inclusive. Obviamente procurei saber o que ocorria e uma moça muito simpática – e que percebeu que eu não era dali – pôs se a explicar que era a hora das orações, e que eles deveriam fazê-lo virados para a Meca.

Algo inimaginável por aqui. Homens parando TODA E QUALQUER atividade, desligando telefones, desconectando-se de tudo e de todos, para se dedicar ao encontro com sua fé, espiritualidade, chamem como quiser.

Só sei que não precisa de chamado, lembrete, estímulo, estratégia de marketing. Está interiorizado em cada um que aquela é a conexão mais importante de suas vidas.

A minha admiração vem do fato de que não importa classe social, nada de falsas promessas, nada de práticas automáticas. É única a dedicação e a concentração deles naquele momento.

Viver a fé. É isso que acontece. Não importa a hora nem lugar.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

SOBRE DUBAI...parte IV


Desde que você entra no táxi até a hora de pegar o avião de volta, Dubai reserva várias surpresas. Uma delas, trauma de muitos brasileiros, é o tratamento dispensado aos consumidores em geral.

Não importa se você está na loja da esquina ou no Mall of Emirates, você é tratado de forma respeitosa. Educados, mas sem intromissão. Alguns até reservados, mas agradáveis. Não tem essa de ser baixo, negro, velho. Você está em Dubai e merece ser bem tratado. Simples assim.




Nesse mesmo shopping mega luxuoso, pude constatar o quanto a mentalidade da população ajuda no progresso. Aqui, se você é gorda e entra numa loja de manequim pequeno, a atendente provavelmente lhe dirá “não temos o seu número”, convicta de que além de gorda você não tem amigos a presentear. Ou ainda, dependendo da localização do shopping, alguns nem se dão o trabalho de atender porque julgam (por aparência) que você está ali apenas para gastar o precioso tempo deles.

Pois bem, eu que não sou propriamente o que se pode chamar de “a cara da riqueza”, não tenho absolutamente nada de negativo para falar do tratamento do comércio aos turistas. Pelo contrário.

Da loja da esquina ao maior dos shoppings,a abordagem é simplesmente perfeita. Vendedores atenciosos sem ser insistentes; é claro que o fato de ser brasileira faz sorrisos e mais sorrisos se abrirem, mas a hospitalidade vai muito além do “Ronaldinho”. Aliás, tenho que dizer que por lá, Neymar não existe...

Lembro de um dia precisar transferir fotos da máquina pro pen drive, e não sabia onde havia lan house por perto. Peço informação numa loja de venda eletrônicos novos e usados. O dono da loja , de forma muito cordial, ofereceu o próprio laptop (que aliás, ele estava usando quando eu entrei) para que eu fizesse a transferência dos arquivos; e mais - ainda ofereceu chá com biscoitos. E quando viu que usava Havaianas verde e amarelas, perguntou onde tinha conseguido o modelo brasileiro. Ao dizer de onde vim, a conversa se estendeu para muito além do “Ronaldo, Pelé”...

Não só falamos de futebol como do progresso econômico tão comentado por aí, o fato de termos uma mulher na presidência e como isso pode transformar o papel da mulher no mercado de trabalho, bla bla bla... 
É claro que não precisa ser sempre nesse nível. Mas eu fiquei admirada com a forma respeitosa em que fui tratada em TODOS os lugares naquela cidade. Das lojas de bairro ao shopping mais imponente. Nada de olhares tortos (é bem verdade que eu procurei me vestir adequadamente, mas bem colorida como sempre), nada daquele ar blasè, mesmo passando por lojas como YSL ,Victor Hugo, Sephora, etc.
Essa mesma hospitalidade eu conferi em TODAS as lojas por onde passei.

Mais um item que o turismo (e o povo) brasileiro precisam desenvolver. O inglês deles é bem carregado de sotaque, mas perfeitamente compreensível . E eu era adolescente quando aprendi.

O inglês que se ouve nas aeronaves de algumas empresas é algo abaixo do sofrível. As lojas localizadas próximas das áreas de competição nos jogos da Copa e Olímpicos precisam preparar seus funcionários para que possam faturar...
Quem sabe um dia chegaremos a este nível...