Desde
que você entra no táxi até a hora de pegar o avião de volta,
Dubai reserva várias surpresas. Uma delas, trauma de muitos
brasileiros, é o tratamento dispensado aos consumidores em geral.
Não
importa se você está na loja da esquina ou no Mall of Emirates,
você é tratado de forma respeitosa. Educados, mas sem intromissão.
Alguns até reservados, mas agradáveis. Não tem essa de ser baixo,
negro, velho. Você está em Dubai e merece ser bem tratado. Simples
assim.
Nesse
mesmo shopping mega luxuoso, pude constatar o quanto a mentalidade da
população ajuda no progresso. Aqui, se você é gorda e entra numa
loja de manequim pequeno, a atendente provavelmente lhe dirá “não
temos o seu número”, convicta de que além de gorda você não tem
amigos a presentear. Ou ainda, dependendo da localização do
shopping, alguns nem se dão o trabalho de atender porque julgam (por
aparência) que você está ali apenas para gastar o precioso tempo
deles.
Pois
bem, eu que não sou propriamente o que se pode chamar de “a cara
da riqueza”, não tenho absolutamente nada de negativo para falar
do tratamento do comércio aos turistas. Pelo contrário.
Da
loja da esquina ao maior dos shoppings,a abordagem é simplesmente
perfeita. Vendedores atenciosos sem ser insistentes; é claro que o
fato de ser brasileira faz sorrisos e mais sorrisos se abrirem, mas a
hospitalidade vai muito além do “Ronaldinho”. Aliás, tenho que
dizer que por lá, Neymar não existe...
Lembro
de um dia precisar transferir fotos da máquina pro pen drive, e não
sabia onde havia lan house por perto. Peço informação numa loja de
venda eletrônicos novos e usados. O dono da loja , de forma muito
cordial, ofereceu o próprio laptop (que aliás, ele estava usando
quando eu entrei) para que eu fizesse a transferência dos arquivos;
e mais - ainda ofereceu chá com biscoitos. E quando viu que usava
Havaianas verde e amarelas, perguntou onde tinha conseguido o modelo
brasileiro. Ao dizer de onde vim, a conversa se estendeu para muito
além do “Ronaldo, Pelé”...
Não só falamos de futebol como
do progresso econômico tão comentado por aí, o fato de termos uma
mulher na presidência e como isso pode transformar o papel da mulher
no mercado de trabalho, bla bla bla...
É
claro que não precisa ser sempre nesse nível. Mas eu fiquei
admirada com a forma respeitosa em que fui tratada em TODOS os
lugares naquela cidade. Das lojas de bairro ao shopping mais
imponente. Nada de olhares tortos (é bem verdade que eu procurei me
vestir adequadamente, mas bem colorida como sempre), nada daquele ar
blasè, mesmo passando por lojas como YSL ,Victor Hugo, Sephora, etc.
Essa
mesma hospitalidade eu conferi em TODAS as lojas por onde passei.
Mais
um item que o turismo (e o povo) brasileiro precisam desenvolver. O
inglês deles é bem carregado de sotaque, mas perfeitamente
compreensível . E eu era adolescente quando aprendi.
O
inglês que se ouve nas aeronaves de algumas empresas é algo abaixo
do sofrível. As lojas localizadas próximas das áreas de competição nos jogos da Copa e Olímpicos
precisam preparar seus funcionários para que possam faturar...
Quem sabe um dia chegaremos a este nível...
Quem sabe um dia chegaremos a este nível...
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