quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

SOBRE DUBAI...parte IV


Desde que você entra no táxi até a hora de pegar o avião de volta, Dubai reserva várias surpresas. Uma delas, trauma de muitos brasileiros, é o tratamento dispensado aos consumidores em geral.

Não importa se você está na loja da esquina ou no Mall of Emirates, você é tratado de forma respeitosa. Educados, mas sem intromissão. Alguns até reservados, mas agradáveis. Não tem essa de ser baixo, negro, velho. Você está em Dubai e merece ser bem tratado. Simples assim.




Nesse mesmo shopping mega luxuoso, pude constatar o quanto a mentalidade da população ajuda no progresso. Aqui, se você é gorda e entra numa loja de manequim pequeno, a atendente provavelmente lhe dirá “não temos o seu número”, convicta de que além de gorda você não tem amigos a presentear. Ou ainda, dependendo da localização do shopping, alguns nem se dão o trabalho de atender porque julgam (por aparência) que você está ali apenas para gastar o precioso tempo deles.

Pois bem, eu que não sou propriamente o que se pode chamar de “a cara da riqueza”, não tenho absolutamente nada de negativo para falar do tratamento do comércio aos turistas. Pelo contrário.

Da loja da esquina ao maior dos shoppings,a abordagem é simplesmente perfeita. Vendedores atenciosos sem ser insistentes; é claro que o fato de ser brasileira faz sorrisos e mais sorrisos se abrirem, mas a hospitalidade vai muito além do “Ronaldinho”. Aliás, tenho que dizer que por lá, Neymar não existe...

Lembro de um dia precisar transferir fotos da máquina pro pen drive, e não sabia onde havia lan house por perto. Peço informação numa loja de venda eletrônicos novos e usados. O dono da loja , de forma muito cordial, ofereceu o próprio laptop (que aliás, ele estava usando quando eu entrei) para que eu fizesse a transferência dos arquivos; e mais - ainda ofereceu chá com biscoitos. E quando viu que usava Havaianas verde e amarelas, perguntou onde tinha conseguido o modelo brasileiro. Ao dizer de onde vim, a conversa se estendeu para muito além do “Ronaldo, Pelé”...

Não só falamos de futebol como do progresso econômico tão comentado por aí, o fato de termos uma mulher na presidência e como isso pode transformar o papel da mulher no mercado de trabalho, bla bla bla... 
É claro que não precisa ser sempre nesse nível. Mas eu fiquei admirada com a forma respeitosa em que fui tratada em TODOS os lugares naquela cidade. Das lojas de bairro ao shopping mais imponente. Nada de olhares tortos (é bem verdade que eu procurei me vestir adequadamente, mas bem colorida como sempre), nada daquele ar blasè, mesmo passando por lojas como YSL ,Victor Hugo, Sephora, etc.
Essa mesma hospitalidade eu conferi em TODAS as lojas por onde passei.

Mais um item que o turismo (e o povo) brasileiro precisam desenvolver. O inglês deles é bem carregado de sotaque, mas perfeitamente compreensível . E eu era adolescente quando aprendi.

O inglês que se ouve nas aeronaves de algumas empresas é algo abaixo do sofrível. As lojas localizadas próximas das áreas de competição nos jogos da Copa e Olímpicos precisam preparar seus funcionários para que possam faturar...
Quem sabe um dia chegaremos a este nível...

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