domingo, 18 de janeiro de 2015

Pedido de clemência




Todos ouvimos falar do brasileiro condenado à morte por tráfico de drogas na Indonésia. Estou achando uma “graça” essa comoção .
Meus respeitos à família do rapaz, mas uma coisa tem que ser dita. Esse pedido de clemência por parte do governo só foi pedido pois o traficante em questão era morador de Ipanema.
Fosse ele um suburbano, a sociedade iria baixar o sarrafo verbal no sujeito, talvez dissessem que cansou do Bolsa Família e resolveu ganhar mais.
Jamais seria retratado como o instrutor de voo...os adjetivos seriam traficante, criminoso... Mas de acordo com o nosso CEP somos vistos de um jeito. Se ele era boa pessoa , como dizem, paciência .
Queria ver se fosse o fornecedor de drogas para o filho de quem defendeu. Não adianta o alto escalão dizer que a Indonésia abalou as relações diplomáticas com o Brasil depois desse gesto.
O finado é que escolheu por transgredir a lei local. E para cada ação, há uma reação. Ele escolheu se colocar em risco pelo lucro.

Foi descoberto. E arcou com as consequências de seu ato. Ato esse que o fez esquecer que nem todo país tem leis tão falhas como o nosso.

Vaidade...



Tem tanta coisa mais urgente que isso acontecendo no mundo, mas foi esse o assunto que ficou atravessado na garganta...
E me fez, finalmente, parar pra escrever com calma...
Ano novo, vida nova...e tem gente que parece que não entende que vez ou outra precisamos rever nossas atitudes e estratégias, para então conseguirmos outros resultados.
Caso não o façamos, somos vistos como alguém que “congelou” no tempo. E baseado no que vi e ouvi, transmite até uma certa arrogância.
Arrogância por achar que aquela receita que nem está mais agradando ainda é melhor do que outros sabores. Por achar que todos dirão amém a seus métodos para sempre (lembrando “que o pra sempre...sempre acaba”...)
Ao ver esse murro em ponta de faca que jamais dá lugar a humildade, nem ao aprendizado, fico feliz à beça com tudo o que me permiti repensar, rever, reagir, reestruturar.
Bom demais ver que os percalços machucaram mas trouxeram leveza. A dor ensina a não carregar pesos desnecessários e valorizar o que somos e quem é de verdade.
Mas principalmente, a mim especificamente, mostrou que construir um altar pra si mesmo com os elogios que outrora recebeste é uma armadilha de perigo sem precedentes.
Ao invés de destacar-se e tornar-se desejado, quem se põe no topo acaba maravilhado com a vsão do que julga ser o topo e é esquecido pela maioria que se diverte e interage.