segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

SOBRE O ANO QUE SE ENCERRA...


SOBRE O ANO QUE SE ENCERRA...


2011 foi um ano de descobertas. De redefinições.
Descobri que não é fácil ser forte. Mas que, às vezes, não há outra opção. Descobri que chorar ( sozinha ou na frente de alguém) não é necessariamente sinal de fraqueza. “Muitas vezes choramos não porque somos fracos, mais por termos sido fortes por muito tempo”.
Descobri também que “pedir colo” não mancha a biografia de ninguém. E também o quanto é bom ser compreendida, mesmo estando em silêncio.
Redefini prioridades. No começo do ano, minha meta era fazer com que minha mãe redescobrisse o prazer de viver. Quando entendi que “aquela” vida não servia pra ela, a minha meta era tentar fazer com que ela tivesse paz no fim de sua jornada.
Quando ela se foi, a meta passou a ser não fraquejar. Com o “entendimento” de todo o processo, que começou com a partida do meu pai, vi que “fraquejar” era permitido, não podia era enlouquecer. A prioridade então, passou a ser a minha saúde, mental e física. Ainda que com o emocional em frangalhos.
Redefini meu conceito de proximidade, verdade, relações... Especialmente quando percebi que eu era capaz de fazer coisas que eu nunca imaginei. O mais importante: o meu conceito de vida teve que mudar, na marra. O de “força”, então, nem se fala.
Quando redefini posições e passei a ser totalmente responsável por minha mãe, compreendi que amor é querer o bem do outro – ainda que este “bem” seja algo totalmente inverso do que a gente, no fundo deseja. Cheguei a um novo estágio.
A maturidade do “como eu sinto” hoje, com todas as dores e delícias, encontros e despedidas, lágrimas e gargalhadas, tudo isso é parte de um processo... continuo “em processo”, mas chegando em uma nova fase.
2011 foi um ano de fênix. Ressurgi. Reinventei. Ainda que “chamuscada”, tento alçar novos voos.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Só sei que nada sei...





SÓ SEI QUE NADA SEI...
Há tempos um assunto é recorrente em discussões com minhas amigas... essa dualidade entre “o que a gente foi criada pra ser” e “como reagir a essa tsunami comportamental dos últimos anos”. Achar um meio termo entre estas duas questões não é fácil. Definitivamente.
Antes, mudanças comportamentais eram um processo longo e demoravam 20, 30 anos pra concluírem um “ciclo”. Do fim dos 70 pra cá (fim mesmo, pois sou de 1979) a coisa deu uma degringolada e tudo o que a gente foi criada pra ser meio que caiu por terra. Nossas mães foram criadas para serem boas esposas, e só. Mas tiveram que fazer uma revisão de seus conceitos pois nesta época a mulher devia bradar por independência financeira – e ainda assim, ser mulher, mãe e profissional.
O problema é que no meio disso tudo a gente ainda ouvia que teríamos que nos comportar de um jeito não devassa, mas não submissa...devíamos ter sentimentos mas ao mesmo tempo ser racionais. Respeitar o nosso futuro marido, mas escolher alguém que nos oferecesse as mesmas condições que tínhamos em casa, no mínimo, pois nossos pais se esforçavam e muito para que nada nos faltasse.
E enquanto isso, na “sala de justiça”, as mulheres pegaram a igualdade de direitos e condições e fizeram o quê? Quiseram se transformar em homens, dando importância a “relações-miojo” e valorizando a quantidade – postura masculina tão criticada outrora. Os homens, por sua vez, também se perderam no meio do tiroteio, e não sabem bem como agir com essa “nova” mulher. Se aproveitam do fato de que nós erramos a mão nessa coisa de querer ter o comportamento masculino no que diz respeito a sexualidade, mas também não tem paciência e sensibilidade pra enxergar aquelas que ainda resistem em entrar pro grupo das “preparadas, cachorras, popozudas e afins”.
E agora, que rumo tomar? Com a independência financeira, mulheres não querem mais levar adiante casamentos teoricamente malsucedidos. Mas o que é um casamento malsucedido? Aliás, qual é o conceito de casamento hoje? O que importa de fato para que a relação realmente se consolide?
Nossos pais não sabem responder tal questão. A gente também não. Mas algumas de nós estamos realmente empenhadas em redescobrir valores, que façam uma relação valer a pena. De verdade. Porque no meio disso tudo, uma coisa não muda: NÃO FOMOS FEITOS PARA A SOLIDÃO. Não a constante.
Agora, como responder às nossas expectativas diante de relacionamentos, em meio a questionamentos de uma sociedade que tenta padronizar(mas que muitas vezes é pura hipocrisia), mais as referências que nossos pais tem, sem saldo de feridos... IMPOSSÍVEL. Se alguém souber como faz, POR FAVOR, entre em contato. O Clube das Luluzinhas agradece...rs

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Esse é o clipe do Chris Isaak... e o da Rihanna...

http://www.youtube.com/watch?v=UAOxCqSxRD0


http://www.youtube.com/watch?v=tg00YEETFzg&ob=av2e

Tô ficando velha....


Tô ficando velha...

acabo de ver o novo vídeo da rihanna, “we found love”. Nunca mais digam que a britney é a doidivanas do pop, não admito que lady gaga seja taxada de louca. A sujeita aparece num clipe com capsulas e mais capsulas de remédios (uma alusão irresponsável ao uso desmedido de remédios como drogas), o clipe mostra uma relação meio “tapas e beijos”... o catiço “tatua” nas nádegas de rihanna a palavra “minha”...entre tantos outros itens descabidos, como um cena em que o tal amor que ela encontrou aparece fumando uns 20 cigarros de uma só vez.
Me vieram a mente várias questões...
1- quem é o sujeito autor de uma concepção de amor tão “brilhante”?
2- como uma gravadora aprova um vídeo desse? Tipo assim, vamos chocar, queremos retorno midiático, mas a que preço?
3- essas pessoas tem filhos?
4- como um clipe desse fala de amor e trocentas pessoas (sim, estamos falando de indústria, então tem muita gente envolvida) aprovam essa visão sem pensar na multidão de gente que tem rihanna como ícone de comportamento?
5- como pais vão explicar todo esse processo para seus filhos?
6- e aqueles que não tem diálogo com seus pais (graaaaaaaças a deus, eu tive...), vão ficar com essa visão de relacionamento? Bem, alguns até tem algo parecido com isso em casa, tudo bem... mas ninguém para pra pensar em quanto esse comportamento auto-destrutivo no clipe pode se refletir num monte de gente?
7- a própria rihanna, que por si só já tem uma visão bem distorcida da coisa, como será que ela digeriu isso?
Enfim... deu saudades do romantismo...e olha que eu nunca fui (aliás, não era, mas isso é outro post...rs) daquelas que vê tudo cor-de-rosa … a minha referência de videoclipe romântico era “wicked games, do chris isaak”... tô desatualizada , definitivamente. Ou não???? espero que não...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Encontros e despedidas (2)...


     Quando postei a letra, tinha tanta coisa a dizer, mas a letra falou por mim... Hoje, resolvi completar...rs

      A questão é que a vida é mesmo uma estação , onde sempre há gente chegando e saindo. Um "processo" sem fim... O que me ocorre neste momento é: tem muita gente cuja "estação" é muito, mas muito movimentada.  Mas ninguém para com a intenção de realmente conhecer os arredores da estação. Ou seja, deixam as pessoas entrarem e saírem de suas vidas sem que ninguém finque raízes.
      É esse o mal do mundo moderno. Roberto Carlos já cantou há um tempão que queria ter "um milhão de amigos". Hoje em dia todo mundo quer ter também. Mas amigos pra fazer número em redes sociais. E só. Cultivar amizades mesmo, ninguém quer. É claro que a vida nos impõe um ritmo que nem sempre nos permite manter TODOS os amigos da infância. Nem sempre é possível estar junto, nem sempre dá pra visitar.
     O que não nos impede de manifestar a importancia dos nossos amigos de uma forma ou de outra...uma ligação, um sms que seja, um e-mail...E o resultado disso tudo é uma montoeira de gente que se esbarra "na estação da vida", mas não cria laços. No fim das contas, só ficam circulando por várias estações mas não se relacionam. 
      Pela minha estação também já passou muita gente. Gente que ficou pouco tempo mas teve importãncia fundamental... gente que faz uma visita de médico mas que também tem seu valor... Claro que também teve gente que desembarcou, parecia que ia ficar mas por um falsete ou outro, tomou outro rumo (em alguns casos,graças a Deus). E quando eu achava que a estação tava vazia e me bateu uma tristeza danada porque pessoas MUITO importantes foram embora, eis que a plataforma aparece lotada de novo... Trazendo pessoas que andaram ausentes, mas que voltaram. Também com aqueles que sempre estão por ali... Mais que isso, tem até gente de muuuuuuiiiiiiiito longe, mas que de uma forma ou de outra vai ficar.
     Enfim..." e assim chegar e partir...são só dois lados da mesma viagem... o trem que chega é o mesmo trem da partida...a hora do encontro é também despedida...a plataforma dessa estação, É A VIDA desse meu lugar...É A VIDA desse meu lugar...É A VIDA..."

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

ENCONTROS E DESPEDIDAS... Milton Nascimento e Fernando Blant...

                             Diz muito sobre o que eu vivo neste momento...



Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço
Venha me apertar
Tô chegando
 
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero
 
Todos os dias é um vai e vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
 
E assim, chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também  despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida ....
Lara lala lele e auê
Lara lala lele e auê
 
Todos os dias é um vai e vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
 
E assim, chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também  despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida ....
É a vida desse meu lugar
É a vida ....