segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

E o mundo não se acabou... (Mais um recomeço...)

Pois é, pra quem deixou os boletos se acumularem achando que não haveria necessidade de paga-los... Não deu.
Pra quem pensou que ia fazer o que lhe desse na ideia sem maiores consequências... Também não.
Porém... o mundo não acabou, mas o ano sim. E vem aí um novo ciclo, novos planos (ou as metas não alcançadas em 2012), novos sonhos...
2012  foi um ano de reinvenção, de realizações, de materializações... é claro que com alguns sustos também...
Mas sobretudo foi o reencontro com a Alexandra de sempre... aquela que procura não se deixar levar pela ansiedade... (nem sempre consegue, fato)... que sabe o que quer mas normalmente tem discernimento pra entender que nem tudo é no meu tempo... e principalmente, a que faz de um evento simples um grande acontecimento. Levando em conta que em 2012 a viagem dos meus sonhos virou realidade, nem sei como denominar a forma que tudo isso foi internalizado.
Só sei que em 2012 reencontrei a versão light de mim mesma, pude experimentar uma sensação de liberdade beeeem mais ampla do que a que conhecia. Mais que isso, aprendi muito. Justo no ano em que estou afastada do trabalho, tive lições que em uma sala de aula levaria uma vida pra apreender algo aproximado.
Pra 2013...prometo continuar partilhando meus pitacos por aqui, continuar utilizando menos a internet (ainda uso bastante, mas consigo ficar 3, 4 dias sem usar computador... e no smartphone é aquela navegação limitada, eu não consigo ficar muuuito tempo), espero poder ter novas lições como as de 2012,  conhecer pessoas tão interessantes como no ano que acabou , sair por aí tendo a companhia indispensável de mim mesma - e me divertindo horrores...

domingo, 16 de dezembro de 2012

SOBRE DUBAI parte V


Uma coisa que me deixou boquiaberta foi a forma como eles lidam com a questão da fé.

Imagine-se dentro de um mega shopping, com as lojas mais luxuosas do planeta,quando percebo uma multidão masculina tomando o mesmo rumo.

Muitos apressados, inclusive. Obviamente procurei saber o que ocorria e uma moça muito simpática – e que percebeu que eu não era dali – pôs se a explicar que era a hora das orações, e que eles deveriam fazê-lo virados para a Meca.

Algo inimaginável por aqui. Homens parando TODA E QUALQUER atividade, desligando telefones, desconectando-se de tudo e de todos, para se dedicar ao encontro com sua fé, espiritualidade, chamem como quiser.

Só sei que não precisa de chamado, lembrete, estímulo, estratégia de marketing. Está interiorizado em cada um que aquela é a conexão mais importante de suas vidas.

A minha admiração vem do fato de que não importa classe social, nada de falsas promessas, nada de práticas automáticas. É única a dedicação e a concentração deles naquele momento.

Viver a fé. É isso que acontece. Não importa a hora nem lugar.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

SOBRE DUBAI...parte IV


Desde que você entra no táxi até a hora de pegar o avião de volta, Dubai reserva várias surpresas. Uma delas, trauma de muitos brasileiros, é o tratamento dispensado aos consumidores em geral.

Não importa se você está na loja da esquina ou no Mall of Emirates, você é tratado de forma respeitosa. Educados, mas sem intromissão. Alguns até reservados, mas agradáveis. Não tem essa de ser baixo, negro, velho. Você está em Dubai e merece ser bem tratado. Simples assim.




Nesse mesmo shopping mega luxuoso, pude constatar o quanto a mentalidade da população ajuda no progresso. Aqui, se você é gorda e entra numa loja de manequim pequeno, a atendente provavelmente lhe dirá “não temos o seu número”, convicta de que além de gorda você não tem amigos a presentear. Ou ainda, dependendo da localização do shopping, alguns nem se dão o trabalho de atender porque julgam (por aparência) que você está ali apenas para gastar o precioso tempo deles.

Pois bem, eu que não sou propriamente o que se pode chamar de “a cara da riqueza”, não tenho absolutamente nada de negativo para falar do tratamento do comércio aos turistas. Pelo contrário.

Da loja da esquina ao maior dos shoppings,a abordagem é simplesmente perfeita. Vendedores atenciosos sem ser insistentes; é claro que o fato de ser brasileira faz sorrisos e mais sorrisos se abrirem, mas a hospitalidade vai muito além do “Ronaldinho”. Aliás, tenho que dizer que por lá, Neymar não existe...

Lembro de um dia precisar transferir fotos da máquina pro pen drive, e não sabia onde havia lan house por perto. Peço informação numa loja de venda eletrônicos novos e usados. O dono da loja , de forma muito cordial, ofereceu o próprio laptop (que aliás, ele estava usando quando eu entrei) para que eu fizesse a transferência dos arquivos; e mais - ainda ofereceu chá com biscoitos. E quando viu que usava Havaianas verde e amarelas, perguntou onde tinha conseguido o modelo brasileiro. Ao dizer de onde vim, a conversa se estendeu para muito além do “Ronaldo, Pelé”...

Não só falamos de futebol como do progresso econômico tão comentado por aí, o fato de termos uma mulher na presidência e como isso pode transformar o papel da mulher no mercado de trabalho, bla bla bla... 
É claro que não precisa ser sempre nesse nível. Mas eu fiquei admirada com a forma respeitosa em que fui tratada em TODOS os lugares naquela cidade. Das lojas de bairro ao shopping mais imponente. Nada de olhares tortos (é bem verdade que eu procurei me vestir adequadamente, mas bem colorida como sempre), nada daquele ar blasè, mesmo passando por lojas como YSL ,Victor Hugo, Sephora, etc.
Essa mesma hospitalidade eu conferi em TODAS as lojas por onde passei.

Mais um item que o turismo (e o povo) brasileiro precisam desenvolver. O inglês deles é bem carregado de sotaque, mas perfeitamente compreensível . E eu era adolescente quando aprendi.

O inglês que se ouve nas aeronaves de algumas empresas é algo abaixo do sofrível. As lojas localizadas próximas das áreas de competição nos jogos da Copa e Olímpicos precisam preparar seus funcionários para que possam faturar...
Quem sabe um dia chegaremos a este nível...

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Sobre Dubai ...parte III







Saindo do aeroporto, a paisagem já encanta. Ok, são muitas construções, mas o planejamento, a limpeza, o luxo aliado ao bom gosto e o que é o fator determinante: O PLANEJAMENTO saltam aos olhos.

Ruas bem iluminadas, asfalto de primeira, sinalização excelente. O hotel ficava próximo ao aeroporto, mas no caminho já tive "uma palhinha do que me esperava".

No dia seguinte, bem cedo, conheci uma estação de metrô, cujo design se encaixa perfeitamente no projeto da cidade como um todo. Dentro, tudo 100%, a mesma ótima impressão que tive no aeroporto, sem o gigantismo mas incrivelmente funcional. O metro é até menor que o nosso porém automatizado (sem um condutor, é comandado por uma central).

E como todo o sistema de transporte, tem sim horários de rush. Mas tem HORÁRIO. Mais que isso, lá existe manutenção regular. Ok, é uma cidade nova mas o que não recebe manutenção não dura, fato.

O que chama a atenção é que ir a Dubai é muito caro, especialmente para o padrão brasileiro. Mas circular por lá, definitivamente, não é.

Mesmo nos shoppings mais "exuberantes", você encontra opções para todos os gostos em termos de moda, beleza e culinária. Quero dizer que existe lá uma rede tipo Giraffas, presente em todos os shoppings, mesmo os luxuosos. Ou seja, se você quer matar a fome sem gastar uma fortuna, isso é perfeitamente possível.










segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Sobre Dubai... Parte II





2 - Além do tamanho e da organização, há sim uma intenção clara de impressionar pelo luxo. Mas luxo não adiantaria se tudo não funcionasse muito bem. Banheiros muito amplos e completamente adaptados a portadores de necessidades especiais, corredores muito bem sinalizados - mesmo sendo gigante, é impossível se perder . E ainda que isso ocorra, sempre tem um funcionário por perto para lhe informar algo.

MUITAS poltronas, a ponto de você não ver gente de pé; exceto por aqueles que estão circulando. Áreas para fumantes (isso mesmo, você não leu errado) , internet gratuita, wi fi bacanérrimo, vi também muitos espaços com carregadores de celular (pelo menos com umas 8 marcas diferentes) para os esquecidos de plantão, também com poltronas e uma espécie de armário para você colocar seu aparelho.

O que me ocorreu durante o meu passeio no aeroporto de Dubai (sim, pois não considerei essas cinco horas como espera) foi o que pensarão os turistas que chegarem ao Aeroporto Internacional (???) do Rio de Janeiro. Não que o do Rio devesse ter a mesma pompa do DXB, mas para um país que pretende receber duas competições esportivas de porte internacional... nosso aeroporto fica devendo, e muito. Nem de longe quem chega, pensa que vai ver a "Cidade Maravilhosa".

Saindo do aeroporto, veículos que pareciam ter saído da fábrica há 10 minutos são usados como táxis. Uma fila de espera facilmente dissolvida, entro num carro novíssimo, super confortável e cujo motorista, além de gentil, não apresenta um inglês incompreensível, pelo contrário. Mais que isso, no caminho até o hotel, foi indicando alguns pontos importantes da cidade, mostrando a vocação pra guia turístico. Quando digo que sou brasileira, ele até arranhou um pedacinho de Garota de Ipanema. Impossível ter uma impressão melhor, e eu apenas saí do aeroporto...

Muito mais havia por ver...




Sobre Dubai...





Dubai é um destino que já está em meus planos há uns três anos, mas que por razões diversas não ocorreu antes. Cheguei a iniciar o planejamento para a viagem, mas foram tantos os imprevistos que acabei deixando essa vontade de lado.

Como tudo acontece quando é pra ser, e não quando a gente quer, eis que finalmente realizei a viagem dos meus sonhos. Meu primeiro contato com Dubai foi como escala para a Nigéria. Como havia um intervalo entre os voos, decidi passear no aeroporto.

1 - SUPERLATIVO é uma palavra perfeita pra definir o aeroporto de Dubai. Primeiro pelo tamanho mesmo, dá uns cinco do Aeroporto Internacional do RJ. Que, no meu conceito, tá muito, mas muito longe do que podemos chamar de internacional. E não se trata apenas do gigantismo. O aeroporto por si só é o que causa o primeiro de muitos suspiros de admiração. Claramente há a intenção de deixar o turista maravilhado.

Primeiro, a chegada parece que vai ser demorada mas já surpreende. Apesar de não bastar apenas mostrar o visto e passaporte, você se depara com um fila enorme que anda rápido, todo tipo de tecnologia possível na detecção de fraudes e funcionários muitíssimo bem preparados para lidar com esses equipamentos. E também com preparo para lidar com diferentes tipos de público, já que em Dubai você vê todo tipo de gente.

Além da variedade de lojas e marcas, há os preços que são bem atrativos. É melhor que três shoppings cariocas juntos. E digo isso porque tive cinco horas para passear por lá e não vi tudo.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O que se ouve... o que eu vi...


Em uma de muitas noites agradáveis que tive na Nigéria, conversava com um senhor a respeito de família, tradições, responsabilidades.

Por lá, o divórcio é muito mal visto. Filhos de pais separados certamente não tem a mesma chance do que aqueles que cresceram em um lar "tradicional". Deixando de lado toda a questão sobre manter um casamento infeliz; uma coisa me chamou a atenção na fala daquele homem: a responsabilidade que os casais daqui tem com os filhos.

Para eles, é importante um filho graduado, bem empregado. E eles dão o melhor de si para isso. Primeiro, pela satisfação do dever cumprido. Segundo, pois acaba comprovando que seus esforços deram resultados - e estes bons resultados acabam por manter o bom nome da família.

Outra coisa muito importante: a gente tem a visão de que toda a África é um amontoado de desnutridos, sem instrução, e que apesar de tudo mantém o hábito de famílias muito numerosas. Eu, que estive do lado de lá, digo que isso está muito longe de descrever ao menos a Nigéria. Que eu me lembre, a terra da criançada criada a base de cheque cidadão e merenda escolar é outra.

Lá educação é coisa levada a sério. Vi negros e mais negros com seus possantes, suas divisas, e com muita experiência de vida. E nem era gravação de clipe de hip hop. O que me encantou muito foi o fato de, ao mesmo tempo que tem sua tradição muito preservada, estão sim procurando se adequar aos novos tempos. Mais que isso, são muitíssimo receptivos.

Ao estilo carioca, dois minutos de conversa e eu já me sentia em casa. Justo eu, que nem gosto de falar,rs (até parece...).

Durante esse "encontro com as raízes" , adorei confrontar o que se ouve do lado de cá, com o que vi por lá...Uma experiência que nem com muitas horas em sala de aula eu poderia obter...




terça-feira, 6 de novembro de 2012

Em processo...

        Às vezes nos questionamos por qual razão um relacionamento não dá certo, se demos o que julgamos nosso melhor... Por que não chegamos a vida adulta do jeito que imaginamos, porque nossos planos não viram realidade.
       Na verdade, tudo tem uma razão de ser/acontecer. E mais , nem sempre estamos PREPARADOS. É essa a palavra. muitas coisas boas nos acontecem o tempo todo, porém nem sempre temos o entendimento.
e quando isso  não acontece, deixamos passar experiências que poderiam ter sido únicas.
       O que quero dizer é que esse olhar menos endurecido perante a vida é que faz com que a pessoa possa compreender que todos os acontecimentos anteriores ,os bons e os maus, colaboram o crescimento e fazem de nós o que somos.
       No meu caso, tudo isso fez com que eu estivesse preparada para viver, apreender e aprender de tudo de bom que vi e vivi.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

DIA DE FINADOS


        



Por tradição, temos cemitérios lotados todo 02 de novembro. Meus pais nunca me forçaram a ir, mesmo tendo irmão, tios e tias que já fizeram a passagem.

Por mais falta que eu sinta deles, me nego a achar que vou “encontra-los” no cemitério. Para isso, não preciso de um ambiente fúnebre. Definitivamente.

Se é pra lembrar, prefiro as boas lembranças. Basta me olhar no espelho. Cada traço do meu rosto reflete o DNA que carrego. Ou ainda milhares de fotos que tenho guardadas. Também os vídeos de aniversários ou ocasiões festivas. Mais ainda, tenho incontáveis lembranças do humor peculiar de cada um.

Me nego a perpetuar a última imagem que tive do meu pai (que aliás , foi muito difícil de tirar da mente), bem como não mantenho a imagem da minha mãe doente.

Se é pra homenagear, prefiro crescer como pessoa, tentar ser alguém melhor. Tenho certeza que essa “homenagem” os fará muito mais felizes, onde quer que eles estejam.

domingo, 28 de outubro de 2012

A viagem Parte III


 
Nono: uma coisa que denunciava que eu não era dali em alguns momentos foi o meu desapego aos eletrônicos. No aeroporto, no restaurante de hotel, eu era a única que utilizava apenas o celular. Dependendo da situação, nem isso. Lembro-me de estar almoçando em um hotel e ser a única a não estar conectada de alguma forma. Os outros estavam com smartphone e laptop... ou smartphone e iPad … Aliás, acho que 92% são usuários de smartphones, é raríssimo ver celulares básicos por lá.




Décimo : Dá gosto de ver o orgulho que os nigerianos tem de sua cultura, seus hábitos, sua história. Mais ainda, eles falam de seu povo ocupando uma bela posição no futuro. E não acreditando em milagres do governo. Eles fazem o dever de casa. Tem consciência política.



Décimo primeiro : achei boa parte da nossa influência africana por lá. Muitas palavras , algumas coisas da culinária estão presentes na Nigéria. Especialmente no que diz respeito a comida e vocabulário . A língua iorubá, presente em muitas canções e na religiosidade afro- brasileira, vem de lá.



Décimo segundo : A hospitalidade nigeriana é bem semelhante a brasileira. Mas não fica apenas no  “oi, como vai...seja bem vinda”. Mas você se sente “incluída”, fazem questão da sua participação nas conversas, e fazem de tudo para que você se sinta confortável. A ponto de eu, definitivamente, esquecer completamente que eu estava longe de casa. Talvez porque de certa forma, eu estava mesmo em casa.



quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A viagem...parte II

Quinto: a disparidade no estado dos carros privados e do transporte público e de carga. Enquanto os carros particulares são "um brinco", os do transporte público são um convite ao suicídio se a sua antitetânica não estiver em dia. São batidas mal consertadas, muita ferrugem, portas amarradas... Não há um Detran aqui. Se houvesse, 80% da frota estaria condenada de cara. E os que sobrassem também dariam trabalho. É bem verdade que também existem no Brasil essas pérolas, mas não em níveis tão alarmantes.

Sexto: acho que em 3h de estrada, vi 5 ou 6 semáforos. Umas duas passarelas. A travessia é tipo perigosa. Mas os pedestres também não colaboram: cruzam calmamente estradas onde carros ultrapassam os 100km/h numa boa. Se o motorista não estiver atento, já era.




Sétimo: engraçado como a gente se adapta as leis. No RJ fico apavorada com os motoristas de van dirigindo com uma das mãos e usando Nextel o tempo todo. Aqui, todo mundo dirige falando ao telefone. E mais, ninguém  tem uma linha apenas. E ainda tem que procurar qual esta tocando. Pra ficar mais bonito, só descobrindo que não há blitz da Lei Seca, e todo mundo pode pegar o carro, com umas 4 garrafas na ideia.  E mais, na Nigéria quando se pede uma garrafa de cerveja, AQUELA GARRAFA É TODA SUA. Não tem essa de encher o copo de todo mundo não. Relaxei, mas nos primeiros quilômetros fiquei meio tensa...rs.               


              
Oitavo: apesar de ser um país quente, eles não são aficcionados por coisa muito gelada. Ok, a eletricidade aqui é um problema dos grandes. Um inversor (espécie de mini gerador conectado a uma bateria) é artigo de 1a necessidade. Sendo assim, nem 5 das cervejas q bebi vieram suadas (vocês não leram errado... Mas não preciso de reabilitação; não fui muito além disso, podem ficar calmos). A agua é consumida fria, não gelada. Com sorte dá pra achar uma cerveja gelada de verdade...

A viagem...


Pois é... resolvi viajar. Não através da escrita, dessa vez atravessei mares mesmo. Horas e horas voando. E compartilharei aqui minhas impressões sobre o que vi.
Começo com Nigéria. Bem diferente daquela visão de África subnutrida que vemos na TV. Darei maiores detalhes sobre o país e sobre o que vi e ouvi.
Cheguei ao aeroporto de Lagos,e parti para Abuja, um voo de uma hora muitíssimo confortável e pontual. Depois desse voo, ainda tivemos umas 3h de estrada. Várias coisas me chamaram atenção.

 Primeiro, as estradas são MUITO boas. E não é aquele asfalto muquirana de véspera de eleição. Durante um trecho vimos uns buracos, mas nada comparado as crateras que ainda temos em algumas estradas brasileiras.


Segundo, aquela montoeira de gente vendendo coisas no tráfego, tão comum nos dias quentes brasileiros. Vi um "bonito" que segurava uma cestinha para colaborações. E só pedia. Nem um malabares em troca...e detalhe, ele nem tava "esquálido"; pelo contrário.


 
Terceiro: tive a sensação de estar em Acari/ Fazenda Botafogo quando passamos por um vilarejo. Aquela feira que só não vende sogra; mas tem peça pra tudo, ornamentação, comida, gasolina... Um caos, onde todos se entendem. Mais, parece que o trecho próximo a linha férrea de Costa Barros é uma filial. Aquele amontoado de madeiras, gente andando pra la e pra cá, casas que só Deus / Allah sabe como estão de pé. E a conformidade com este tipo de vida, a mesma nos dois lugares. Eles são felizes assim. Sem planos, sem perspectivas.


 Quarto: em uma longa estrada, quilômetros e mais quilômetros sem um posto de gasolina. Ótima oportunidade pra um grupo vender combustível na parte da estrada desprovida de postos, pelo dobro do preço. O que é incrível nisso tudo é que ainda assim, capaz de ser mais barato do que no Brasil. Há uns trechos que parecem o trecho da zona oeste da Av. Brasil, pintam uns bichos querendo atravessar a rua e você tem que ser um motorista daqueles.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

DROPS...




1 - O "Cadinho" da vida real...

Dia desses apareceu em vários canais, uma família composta por um cover de Elvis (que nada tinha a ver com o sujeito, o cabelo todo trabalhado no Henê Pelúcia, mas tudo bem) e suas três esposas. Ele não era o Cadinho, tampouco muçulmano, mas dizia ter uma produtora. E uma das esposas dizia apresentar um programa na internet. Tava bom pra elas, então ok.

Hoje uma delas aparece num desses programas da tarde. Dizendo que o cara tinha uma seita, que ameaçou matar uma das filhas com veneno de escorpião, que o sujeito é praticante de magia negra, bla bla bla , whiskas sachê...

Ela só notou isso essa semana? A-hã... sei.

Parece que o sujeito tá até preso, não vi a matéria até o fim pois tinha que sair. Mas a última pérola que ouvi na reportagem foi que uma 4a esposa existia, que o viu na TV e se apaixonou. Pela possibilidade de ter conforto, pela chance de ter um programa na net... Por ele, acho difícil...

É cada uma que, contando, parecem duas...

2 - A virgem que se vende...

Essa meninada, vou te dizer. Acha que o supra sumo da liberdade é perder a virgindade. Ok, queimaram sutiãs; operárias morreram queimadas. Pra quê? Pra uma sujeitinha de 20 anos vender a virgindade na internet sem achar que é puta.

O problema nem é ser puta, cada um leva a vida que lhe convém. Mas daí a se sentir a revolucionária, bancar a culta num programa de TV, a entendida de filosofia, citou uma meia dúzia que a gente acha em 3 segundos no Google...

E aliás, ela tem estômago forte. Acho mais digno assumir que faz tudo por dinheiro. Não é que seja mais honesto comigo ou com o público em geral. Se a pessoa pretende morar numa cobertura em Ipanema em 1 ano, pagar uma cirurgia a algum familiar doente - não é o meio ideal, mas ao menos é por um propósito.

Agora, vender sua 1a vez (que é uma experiência INCRÍVEL) por vender... é o tipo de grana que chegará fácil e do mesmo jeito ela vai gastar. Periga não resolver a vida dela.

Enfim, é aquela velha discussão. O fato de nós mulheres podermos decidir sobre a nossa vida sexual não nos transforma em homens. A liberdade não tem nada a ver com vida desregrada. O fato de poder escolher com quem, quando e como vai se relacionar sexualmente não quer dizer que "é o mundo se acabando".

Pobre menina, tomara que o risco múltiplo de ter uma experiência traumatizante pelo menos resolva alguma grande pendência que ela tem na vida...


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Padrão Globo de Qualidade...


Padrão Globo de Qualidade...



Ontem resolvi assistir (até o fim) o tal Amor&Sexo com a carismática Fernanda Lima. Além disso, estava lá Léo Jaime, de quem também gosto. Até o “sonoplasta/audiodesigner” me agrada. Pensei: não pode ser ruim. Humpf...

Falando sobre o silicone, quem coloca, quem gosta, ou não...quem colocaria ou não... homens que também aderiram a tal prótese. Até aí, nada demais. Até que pintou um teste visual , seis meninas (ou sete, não sei bem) de short e sutiã , e os jurados deveriam descobrir quem usava prótese ou não.

Qual não foi a minha surpresa quando, pra facilitar a identificação, todas ficaram com os seios de fora. Prontos para o “apalpamento adivinhatório”. Ora, se não é a Rede Globo (ou Esgoto como dizem no Facebook), usando da apelação extrema pra conseguir IBOPE.

O Padrão Globo de Qualidade se equipara (ou está abaixo) dos outros canais. Outrora outros canais eram taxados de apelativos quando levavam modelos com os corpos pintados; mas sob o pretexto de divulgar a arte da pintura corporal. Qual era a justificativa , neste caso? Estimular a observação mamária , tendo em vista as suas características naturais – percebendo as alterações causadas pela implantação de substâncias? (Pedagoguês, claro que eu arraso nos planejamentos...rs)

Quando eu achei que a surpresa era essa, entra um casal, cuja esposa estava insatisfeita com o atual formato dos seios... Ok, toda mulher tem direito a umas “reformas”. Ela não trabalha, o marido não achava justo deixar de investir na casa ou em questões familiares pra investir numa prótese.

Tudo bem, a discussão era até válida. O que me chamou a atenção é o fato de a mesma empresa que nos enche “os pacová” com a música do Criança Esperança há mais de 20 anos, pedindo o nosso dinheiro, dizendo que o futuro das crianças do Brasil depende da nossa contribuição ...Pois bem, a Rede Globo deu um “auxílio – silicone” no valor de R$10.000.

Dez mil reais. E você aí, achando que vai salvar o país enquanto a Globo dá DEZ MIL REAIS pra salvar o peito da sujeita em questão. Será que vai rolar um “cheque-bariátrica”? Um “auxílio – megahair”?

Quem se habilita??????

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

"A vingança nunca é plena, mata a alma e envenena..."

          Com essa célebre frase de seu Madruga (ou atribuída a ele, pois sei quase nada de Chaves), começo o texto sobre o item marcante da novela das 19h e carro-chefe das 21h. Já não bastava a Nina, agora a Empreguete Cida também enveredou por esse caminho.
          Tá bom que a "vingança é um prato que se come frio", que dá sim um certo alívio quando quem nos sacaneou tem de volta o seu karma sem que a gente chafurde na lama, mas...
           "Vamo combiná": Nina É UMA CHATA. Sem galocha, pois há umas galochas bem estilosas e a Nina não é fashion.. Aliás, não tem glamour, nem estilo, nem bom humor, nem amor próprio e nem amor ao próximo.
            E olha que o próximo em questão é ninguém menos que Cauã Reymond...
          O fato é que tá chato demais duas vingativas em tempo integral. Tá aí a explicação da torcida por Carminha. Mais carismática, também amante da vingança, porém amante da luxúria, da ambição... O que também não é um bom exemplo, mas a Carminha se diverte. Carminha apesar de descompensada, tem momentos de prazer na vida.
            É impossível vender a imagem de heroína que não vive romance, da pele sem brilho e deprimida.
         Achar que é natural atropelar meio mundo  (e os sentimentos alheios) em prol de uma vingança e viver no vazio não dá... De gente sem rumo o mundo já está tão cheio que merecíamos um pouco de sonho no repouso do lar, não acham?????

sábado, 18 de agosto de 2012

Rihanna, Whitney... A semelhança tá aumentando...

      Já escrevi anteriormente sobre a popstar de Barbados por ocasião de um clipe muitíssimo infeliz que ela protagonizou. E na ocasião da agressão sofrida por Rihanna - e do amor que ela resolveu demonstrar por Chris Brown na época -  achei muito "deja vu".
    Na época , Whitney Houston ainda famosa, mas uma carreira já jogada no lixo em função de um casamento mal conduzido e da insistência em se anular  pra não ofuscar muito o então marido Bobby Brown.
    Assim como Whitney, após agressões físicas e verbais, Rihanna escolheu manter um relacionamento em nome do amor ao "companheiro". E o amor próprio? Ambas lindas, jovens , talentosas... Mas que tentaram apagar o brilho da própria estrela em nome da harmonia conjugal.
    Claro que relacionamento é concessão. É deixar o orgulho de lado muitas vezes. Mas daí a viver de agressão, perdoar e não fazer esforço pra sair desse vício (sim, algo que não te faz bem e você não consegue se livrar facilmente é um vício) é outra história.
    Ainda não vi a entrevista de Rihanna pra Oprah, mas já soube que ela diz que Crhis precisa de tratamento. E ela então decidiu que ele vai se curar com a compreensão dela, humilhando-a e agredindo-a.
       Se ela acha justo passar por isso...paciência. Mas que dá a impressão que a gente já sabe o fim dessa história...ah, isso dá.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Variações sobre um mesmo tema...que a gente teima em não seguir...

""Ele te faz ter pulga atrás da orelha?
Minhocas na cabeça? Grilos?


Minha filha isso não é Homem, é uma Praga! Dedetiza!""


" De vez em quando é preciso sacudir a árvore das amizades para 

caírem os frutos podres..."

"Não dê prioridade a quem te trata como opção..."




Alguns poucos exemplos de frases que tem a mesma intenção : 

estimular o desapego ao que (ou quem) não acrescenta.

Tenho lido, visto, escutado muitos exemplos de pessoas que se 

mantém em determinadas situações que nem fazem bem a elas, mas 

por costume ainda são "alimentadas". Histórias que já acabaram

  - ou que nem começaram de fato - mas a gente teima em insistir 

pra ver se sai algo.

Posturas e convicções que só nos  ferem, não ensinam mais nada

por serem atos repetidos, mas mesmo assim ainda não as 

abandonamos.

Encarar as coisas como elas são, sempre, é difícil. Às vezes é 

interessante colocar uma lente meio cor de rosa; relaxar e

 aproveitar o percurso. Agora, insistir nos murros em ponta de 

faca, pra quê? 

Pra provar pro outro que "nós podemos"? Podemos o quê? E se 

podemos, foi pelo cansaço. Se foi pelo cansaço, será temporário.

Então...será que valeu o esforço e o desgaste emocional? 

Essa coisa de "ter que provar para o outro que..." já é 

demasiadamente perigosa. Se é pra alguém pra quem você não

 está na lista de prioridades então... Aff.

Vamos gastar energia com o que nos dá prazer. Como a vida não é 

só lazer, na impossibilidade da diversão, gastemos nossa energia

 no que vai edificar. Nos problemas que realmente são só nossos e 

que da sua resolução virá melhora efetiva em nossa ida. 

Caso contrário, minha gente...  Esse povo que só causa rugas de 

expressão... DEDETIZA!!!!!!!!!

domingo, 29 de julho de 2012

Para que as mudanças aconteçam, nossas atitudes devem ser revistas...

     A gente às vezes reclama que as coisas não dão certo,  que não tem sorte, que as coisas poderiam ser assim ou assado... Mas mantendo sempre a mesma rotina, acho difícil que a sensação de tédio nos abandone.
     Não digo que todo  mundo tem que sair por aí fazendo mudanças repentinas e impensadas no visual, ou deva entrar de cabeça na 1a furada que aparecer.
     Falo de se permitir experimentar.
   De abandonar a TV aos domingos, de arrumar outro destino além da clausura consentida e sem relógio (também conhecida como shopping center). Falo de provar novos sabores, ouvir  outros pontos de vista, se levar menos à sério, descobrir outras rotas, procurar alternativas menos enfadonhas...
     Ainda que você não fique rico(a), não conheça uma criaturinha simpática (esquece esse lance de príncipe/princesa) ou não invente nada excepcional, uma mudança nos planos pode render um dia mais engraçado, histórias inusitadas... Enfim, pode te levar a lugares (e pessoas, por que não?) e experiências incríveis. 
     Basta dar o primeiro passo para que as portas de uma vida mais rica em experiências se abra. Faça sua parte!!!!!

sábado, 21 de julho de 2012

Vai entender...

Às vezes tenho medo que os maias estejam certos, e que eu realmente não consiga fazer 34...
A gente chegou num ponto que tá todo mundo meio sem referência. E aí eu me incluo também. Eu, criatura pacata; gosto de ver filmes policiais, de ação, meio violentos - inclusive os que tem aquele tom absurdamente impossível.
Lembro que quando fui ao cinema assistir KILL BILL, do Tarantino, acho que era a única mulher que fui por opção. Havia umas outras duas ou três, acompanhadas e que não pareciam gostar nadica do que viam.
E quando comentei com algumas pessoas, vi uns narizes torcidos, alguns me julgando amante da carnificina. Ok... Mas eu não sou a unica,né?
Vai dizer pra mim que a cena da novela com Nina enterrada viva, toda barrenta com direito a um cuspe de Carminha não tem um quê de Kill Bill???? E que esse cuspe será nomeado antológico por toda a crítica e público?
Essa coisa de torcer pra vilã em Avenida Brasil é complicada.... mas é a única opção, pois uma criatura tão cheia de ódio no coração, completamente cega e sedenta por vingança - não é mocinha nem aqui nem na China. Nina, além de amargura em forma de gente, não tem carisma. Não vive. Não dá um intervalo.
Já a tal da Carminha...se vira nos 30 com a personalidade dupla, é versátil... E se diverte, ainda que seja na maldade. A Nina parece que não aprecia nada na vida. Resumindo, Nina é chatinha pra caramba. Pessoa do tipo "samba de uma nota só".
A glória do sábado a noite foi ver Nina toda trabalhada no barro, numa mistura de Tarantino com um bronzeado Gabriela. Tava vendo a hora de seu Nacib aparecer ali. (Aliás, Nina é cozinheira, Gabriela que não abra o olho...).
Enfim, aguardemos os próximos capítulos...

domingo, 8 de julho de 2012

As dores do crescimento...



O assunto do domingo foi o posicionamento perante a vida. 
De como se “assumir” e arcar com as consequências de suas decisões. 
Saber que a vida é um jogo de perdas e ganhos. 
Quando a gente escolhe seguir um caminho, banca a escolha e todos os pós e contras dessa escolha. Mais que isso, de “desapegar” do que eventualmente deixou pra trás naquele caminho que optou não seguir.
O que quero abordar é sobre a coragem de assumir a continuidade do processo chamado vida e vivê-lo em sua plenitude. Se você escolhe seguir pela  direita, não gaste seu tempo imaginando o que lhe esperava na esquerda.
Se a direita foi a sua escolha, racional ou emocional, delicie-se com a paisagem que ela oferece. Bem como com as experiências que ela contém. 
Assim é a vida, assim é o amadurecimento. Que nós possamos curtir  lindamente cada fase da vida, para que , ao mudar de fase, estejamos firmes pra seguir em frente sem viver aos lamentos olhando pra trás.
Por mais legal que tenha sido o que vivemos, isso vai fazer parte do passado. E de preferência, que tenhamos a chance de aprender com o que passou. Ou ainda, que esses momentos que se foram tenham sido ao menos divertidos, pra que virem bons momentos e a gente tenha aquela boa sensação do “valeu a pena”.
O que não dá é pra viver no mesmo padrão, com a mesma atitude  de anos, perdendo a chance grandiosa de se abrir a diversidade... Gente nova, lugares novos, experiências novas. 
Sabe aquela história de “dores do crescimento”? Então, é isso. Sair da zona de conforto é parte do processo. Mas lá na frente , eventualmente olhando pra trás, perceber que percorremos um caminho longo, mas bacana é bom demais.
Mas quem teima em ficar numa zona de conforto (se bem que eu acredito que você pode mentir para o mundo, para o travesseiro jamais), olha pra trás e tem a sensação que nada mudou, unicamente pelo medo de “se jogar”.
Enfim, viver “é um processo”. Se você estaciona ; não vive. Só está cumprindo tabela...

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Sentimentos X “amadurecimento”...




    Uma das coisas boas da maturidade é não gastar tempo com “falsos brilhantes”. Sabemos (ou deveríamos, pelo menos) o que nos toca o coração de verdade.  Vivemos as sensações com o que há de melhor e filtrando o que não é tão interessante.
     Vendo agora uma cena de novela, vejo uma personagem “abrindo mão”  de seu romance ao perceber que seu namorado não se desliga da ex. Por mais amor que ela tivesse ao namorado, ela se ama o suficiente pra saber que a relação não tem futuro. Aliás, que uma relação unilateral é mais sofrimento do que outra coisa.
      O legal da maturidade é saber que a dor de um rompimento pode ser enoooooorme, mas que dor não deve ser alimentada por causa de algo que parece sentimento. É saber que por mais que uma verdade pareça doída, viver de ilusão dói muito mais por ser um sofrimento prolongado. 
      No fim das contas, maturidade deve ser lidar de  forma “razoavelmente saudável”com o que queremos, com o que sonhamos e achando um meio termo razoável de se divertir no meio dessa loucura toda.
      

domingo, 24 de junho de 2012

Em processo...

         Que a vida é um constante aprendizado e que, por isso, estamos sempre em processo e nunca prontos, a gente já sabe - muita gente não sabe mas não é assunto pra esse texto.
          A questão é que ainda tem gente que se surpreende com a mudança. Ouvi que mudei muito. O que não é ruim. Pode até não ser lá essas coisas; mas vamos combinar que você não passa pela vida sem que os acontecimentos lhe causem impacto.
          Mais que isso: suas preferências, suas prioridades, seu discurso, seus ideais, tudo isso muda com o passar do tempo. É claro que existe algo chamado essência que não se perde. Mas seria impossível permanecer a mesma Alexandra (ou quem quer que esteja lendo) de 10, 15 anos atrás. Muitas coisas que me comoviam outrora, hoje não dizem nada. Da mesma forma que certas coisas não tinham tanta importância; e hoje são primordiais.
         Não há condições de ser a mesma. E foi surpreendente a reação da criatura que  se assustou com a minha "mudança". Que aliás, foi só uma "palhinha"...
         O que me choca é alguém se surpreender  ao perceber que o tempo age sobre as pessoas. Quer dizer, sobre a maioria, pelo menos... 

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Após uma ida ao cinema...

   ...comecei a refletir sobre algumas coisas.Incrivelmente   o filme era uma comédia/ficção científica que normalmente seria mais que entretenimento. (MIB3 é o filme em questão). Óbvio que não revelarei o fim do filme, porque não sou dessas...
      Mas quem viu vai entender do que falo. Quem não viu, também não ficará perdido.
      Em uma determinada passagem,  a gente entende que muitas vezes criticamos as pessoas sem saber o porque daqueles que amamos e que cuidam de nós terem temperamento ranzinza, aquele "velho atrás do toco"...E só o tempo nos faz entender que , muitas vezes, foi por nós que essas pessoas endureceram.
    Querendo nos poupar de verdades duras demais, querendo evitar que passemos por dificuldades que eles já passaram. Isso é amor. Pra poucos aliás. 
   Numa época em que se vê filhos abandonados, mães que toleram filhas abusadas por seus companheiros(???) pois "amam demais", esse "amor incondicional" dos pais se torna algo raro. E essa compreensão do quanto o "não" recebido - ou uma feição mais dura - na verdade é um ato de amor leva tempo.
       Esse texto "fora de época" é só pra dizer que nada como o tempo pra fazer com que a gente entenda o que é um sentimento verdadeiro. E que felizes somos nós, que temos (ou tivemos) a oportunidade de vivencia-lo.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Ensinando ...e aprendendo...

          Hoje, depois de passar mal o dia todo, me enchi de remédios e fui trabalhar. Curiosamente, nem sei como, os alunos começaram a falar sobre temas ocultos, mensagens subliminares, lendas urbanas - até que chegaram no único assunto do qual todos seremos o personagem principal um dia...A MORTE.
          E de repente me vi ali, falando sobre um assunto traumático, contando toda a experiência que tive em um ano. O mais incrível é que o saldo foi bem positivo.
   Primeiro, os alunos quase "me entrevistaram", respondi a uma série de perguntas como se fosse uma especialista do tema. Segundo, virou uma mesa redonda e todos eles, incluindo adolescentes, abriram seu coração , totalmente à vontade para falar de suas lembranças. O que faz pensar que  a escola, pra muitos, ainda é o lugar para falar e não só para ouvir.
          Terceiro, a solidariedade , a atenção e o silêncio quando eu acabei abrindo minha história em detalhes. E por último, percebi que apesar da dor que o assunto provoca, o tempo está agindo. A lucidez se faz presente, e Deus deu o consolo para que eu falasse com serenidade. Com saudade, mas com sensatez. Expondo o drama, mas sem desespero.
          Enfim... como eu disse a eles hoje, o tempo nos mostra que somos capazes de fazer coisas e lidar com situações que a gente nem imagina. Como eu sempre digo, tudo na vida é um processo. Não sei se ensinei algo a eles, mas com certeza aprendi.

sábado, 9 de junho de 2012

Ainda sobre o 12/06...

            Tenho dado muita risada com histórias de gente sem noção por aí. Especialmente por conta da aproximação da data citada anteriormente, o povo sai com cada uma que só Jesus na causa.
         Desde aquele que você pensa que é namorado e além de não o ser, ainda some pra não gastar dinheiro com presente - quanto em relação a galera que lembra do seu telefone justamente nessa semana. O povo cujo nome começa com as primeiras letras do alfabeto é o mais agraciado...
          E detalhe:  aparecem do nada esses seres que você pensava terem ido pra uma outra dimensão, e se sentem no clipe do M. Jackson - chegam fazendo graça e querendo dançar, se possível. Você nem a nítida sensação de que sua vida é uma refilmagem do clipe THRILLER...
        Aff...

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Dia dos Namorados ...


DIA DOS NAMORADOS

E lá vem mais uma temporada de "mostre o quanto você ama"... Além das Mães, Pais e crianças, os namorados e namoradas também não poderiam ficar de fora...
E aí tome comercial, outdoor, propaganda no rádio... O mais legal (???) é que as relações mudaram tanto mas a apelação da propaganda é a mesma.
Pior que isso, aqueles que batem no peito  dizendo "eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo", também não querem ficar de fora desse circuito. Acho mesmo que tem gente apostando pra ver quantos presentes vai ganhar, pois desde essa última semana de maio tem gente se alugando para namoro, prometendo dar beijo na boca, tirar foto e alterar status do Facebook...
O mais triste é que não costumo ver casais "namorando" por aí. Falo de mãos dadas, sorriso "à toa", curtir a companhia do outro mesmo vestido... Ter uma música do casal (ou pros mais exagerados como eu, uma trilha sonora, porque uma só é pouco)... Frio na barriga, orgulho de estar com AQUELA pessoa, brigar pelo melhor para os dois... Enfim. Namorado(a) atualmente é coisa bem rara ...
De qualquer forma, desejo a todos nós um maravilhoso Dia dos Namorados. Com presentes, mas principalmente com romance e com verdade, que também não fazem  mal a ninguém...


segunda-feira, 21 de maio de 2012

"Grana eu tenho (ou não)... só me falta-me o gramú ..." parte 02

           O casamento de Belo e Gracy foi o assunto do mês. Ok. Mas nunca um casamento teve uma repercussão tão catastrófica. Ninguém sabe quem fez o vestido, tampouco o responsável pelo buffet, decoração ou algo que o valha...
           Não houve uma reportagem sequer que desse destaque aos detalhes , aos bem-casados, as cores usadas na decoração. Nadica. Apenas notinhas medonhas tipo... "Belo SORTEOU (fiquei passada) entradas para o casamento que só valiam pra cerimônia religiosa"... Veja bem, a contemplada deve ter feita toda a produção achando que ia tirar foto com o high society do... Deixa pra lá. Mas que ela deve ter ido pronta pra aterrisar na Ilha Fiscal, deve. E daí saber que da Candelária , teria que se contentar com o podrão da esquina...Aff...
           Outra coisa... Como deram close na careca de Belo... Tudo bem que a devastação se faz presente... Que anos de tinta "loiro Hebe" custariam caro, mas não precisava esculhambar. E a maquiagem dos dois? Sim, Belo - que de Belo...enfim - também caprichou na argamassa... E na saída da igreja dava uma certa impressão de derretimento... Mas eu também não sou maquiadora... Ok.
           A lástima derradeira. Todo um investimento pra NINGUÉM comentar sobre o bom gosto, a fartura, o local da festa é sacanagem. Não se fala em outra coisa a não ser que a festa foi patrocinada por um dono de casa de show e que em função do casório, Belo fará trocentos shows na camaradagem pra pagar o "investimento". E que além do casório financiado, ele ainda teve que pedir um trocadinho pra pagar a noite de núpcias num renomado hotel da Zona Sul.
            Nem morro de amores pelo casal. Mas é a prova de que dinheiro compra MUITA coisa. Porém glamour, elegância e dignidade ainda não estão em prateleiras, definitivamente.

sábado, 12 de maio de 2012

Fenômenos estranhos acontecem...

        Criatura verborrágica e muitas vezes prolixa que sou, deixei algumas pessoas de orelha em pé, porque segundo elas estava calada...
   Sim, isso é possível, mas não frequente. Por muitas vezes durante a semana, achei melhor calar.Ouvir.Avaliar. Reconsiderar. Aguardar. 
   Ouvir o que eu mesma tenho a dizer. Deixar de fazer tempestade em copos que nem são meus. E deixar falar a voz do que importa.
   O que essa voz me disse? Que "muitas vezes choramos não por sermos fracos, mas por sermos fortes durante muito tempo" ... Que não importa o que você diga  ou faça, o mundo não para em função do seu sofrimento... E também que sabendo disso, eu não tente camuflar o que sinto. 
   E que as cicatrizes fazem parte do processo, que dias nublados existem para que a gente dê valor ao céu azul. Fundamentalmente, disse que "o show tem que continuar". Respeitando meus limites, conscientes das dores e delícias de sermos exatamente quem somos.

sábado, 28 de abril de 2012

Se expor faz parte, mas... ( continuando)

         Fui convocada a dar meu pitaco sobre o dueto de Valesca Popozuda e Mr. Catra.
  Bem, partindo do histórico dos protagonistas, nem precisava ter ouvido a música pra saber qual seria o teor da canção...
         O que eu acho é o seguinte: existem duas coisas muitíssimo importantes quando se fala de vida privada. INTIMIDADE  e SUTILEZA quando se está em público. Estamos em 2012 e tá todo mundo se vendendo como atleta sexual por aí. A diferença é que eles foram mais escrachados. Como aliás, são sempre, sendo que antes eram separadamente.
        Vejo muita gente chocada tipo "Oh...isso não é coisa que se diga!!!! Meu Deus, o que é isso!!!"
         Se dentro do seu quarto você é mesmo uma máquina de prazer, feliz do(a) seu (sua) parceiro(a). Se vocês não tem pudores, que delícia. Mas meu povo, sabe aquela história do "uma lady na mesa, uma louca na cama" ? Acho preciosa.
        Nada contra músicas que falem de amor ou sexo. Mas acho que esse assunto, entre amigos/amigas, até pode ser tratado com um pouco mais de pimenta, mas nada que se compare a um roteiro de filme/novela de tantos pormenores.
         O negócio vai ser esse povo que se acha a Furacão 2000 portátil (os desprovidos de fone de ouvido, propositalmente) ouvindo essa pérola do cancioneiro brasileiro em ônibus, metro, seja lá o que for em alto e bom som. Será um Deus nos acuda. 
        Enfim , entra na história da exposição comentada anteriormente. Chama a atenção, tem retorno em termos de mídia, a tal dupla deve estar com a agenda lotadíssima; mas sei lá... As coisas não tem mais um limite sociável.
        Fico pensando no filho dessa sujeita. Mas isso já seria outro post...