domingo, 8 de julho de 2012

As dores do crescimento...



O assunto do domingo foi o posicionamento perante a vida. 
De como se “assumir” e arcar com as consequências de suas decisões. 
Saber que a vida é um jogo de perdas e ganhos. 
Quando a gente escolhe seguir um caminho, banca a escolha e todos os pós e contras dessa escolha. Mais que isso, de “desapegar” do que eventualmente deixou pra trás naquele caminho que optou não seguir.
O que quero abordar é sobre a coragem de assumir a continuidade do processo chamado vida e vivê-lo em sua plenitude. Se você escolhe seguir pela  direita, não gaste seu tempo imaginando o que lhe esperava na esquerda.
Se a direita foi a sua escolha, racional ou emocional, delicie-se com a paisagem que ela oferece. Bem como com as experiências que ela contém. 
Assim é a vida, assim é o amadurecimento. Que nós possamos curtir  lindamente cada fase da vida, para que , ao mudar de fase, estejamos firmes pra seguir em frente sem viver aos lamentos olhando pra trás.
Por mais legal que tenha sido o que vivemos, isso vai fazer parte do passado. E de preferência, que tenhamos a chance de aprender com o que passou. Ou ainda, que esses momentos que se foram tenham sido ao menos divertidos, pra que virem bons momentos e a gente tenha aquela boa sensação do “valeu a pena”.
O que não dá é pra viver no mesmo padrão, com a mesma atitude  de anos, perdendo a chance grandiosa de se abrir a diversidade... Gente nova, lugares novos, experiências novas. 
Sabe aquela história de “dores do crescimento”? Então, é isso. Sair da zona de conforto é parte do processo. Mas lá na frente , eventualmente olhando pra trás, perceber que percorremos um caminho longo, mas bacana é bom demais.
Mas quem teima em ficar numa zona de conforto (se bem que eu acredito que você pode mentir para o mundo, para o travesseiro jamais), olha pra trás e tem a sensação que nada mudou, unicamente pelo medo de “se jogar”.
Enfim, viver “é um processo”. Se você estaciona ; não vive. Só está cumprindo tabela...

2 comentários:

  1. Engraçado, sempre apresento aos meus alunos do 6º ano um texto chamado: "Crescer dói", e isto realmente acontece, literalmente. Na adolescência, as pessoas sentem a dor física, já os mais adultos sentem a dor da alma.
    Eu sempre vejo um programa sobrevivência em situações difíceis, e o Ben, o homem que vive estas situações sempre diz isto: "Quem quer sobreviver tem que sair da sua zona de conforto; buscar novos caminhos, se alimentar com o que aparecer, descobrir estratégias para continuar... E a vida é assim também, vamos aos poucos nos permitindo ou negando a viver as situações. Porém, com a maturidade aprendi que não adianta fugir dos problemas, temos que vivê-los e tirar deles o melhor proveito. Também aquela velha máxima de que tudo passa é real. Aprendemos a valorizar mais o que temos e reclamar menos do que não temos.
    Enfim, é isto, viver é aprender até o último sopro de vida, ou como eu acredito, vamos continuar nesta evolução quando passarmos para a outra dimensão. Viver é dolorido, porém necessário.

    Aparecida

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  2. Valiosíssimo o seu comentário.Infelizmente se vive uma juventude que não acaba, não se ensina que a vida é composta de fases e ainda que difíceis, fazem parte do aprendizado. "E lá vamos nós", que nem a bruxa do desenho do Pica Pau, cumprir mais esse papel.
    Trazer para os alunos a existência de uma transformação pela qual todos temos que passar a fim de construirmos nossa própria história.

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