quarta-feira, 14 de março de 2012

Mulheres...e mulheres.



Mulheres...e mulheres.

     Ontem, assistindo um dos meus programas favoritos na TV, me surpreendi com a mente pequena de algumas criaturinhas em pleno 2012.
       O tema era violência doméstica, claro que mulheres e mais mulheres deram seus depoimentos. Ficar chocada com quem sustenta uma relação baseada na agressão (física,psicológica ou ambas) não foi nada. Dois pontos me chocaram demais.
       Um tal de Joaquim bradava que era um homem honesto, trabalhador, decente ou algo que o valha, mas não suportava safadeza. E caso safadeza por parte da mulher houvesse, pancadaria rolaria. O catiço sênior ainda comentou da ex companheira que cuidou dele enquanto ele estava doente – mesmo sendo vítima de agressão do bruto.
    Mesmo a sujeita não aproveitando a oportunidade pra dar o troco, ele ainda assim falava mal dela. O mais curioso era ele comentar que ia a bailes, “pegava geral”, as mulheres sabem como ele é, mas mesmo assim, há quem tope. Não sei o que é pior : ele achar que mulher é massa pra ser sovada; ou se são essas ditas cujas que sabem como ele é mas mesmo assim querem ter o gostinho do catiço sênior. Ainda devem encher a boca pra dizer que esse tipo é “machão”...
      Não bastasse essa pérola... enquete nas ruas sobre violência doméstica. Como diz Lopes Maravilha: PASMEM OS SENHORES, 95% da mulherada afirmava que quem apanha é porque provavelmente merece. Às mulheres, nem o benefício da dúvida, por parte das MULHERES.
   Aí depois reclamam quando são tratadas como peças de reposição... quando não são valorizadas. Se as mulheres acham que mulher que apanha é porque deve apanhar...
         A geração de canalhinhas tá garantida. Sim, pois nenhuma das entrevistadas era adolescente...beiravam os 30, pelo menos. E provavelmente tem filhos, que irão repetir esse pensamento retrógrado de suas mãezinhas.
       Tenho medo... 

2 comentários:

  1. Acho que já comentei aqui no face sobre uma aluna que só retornou à escola dois anos depois que o namorado invadiu a sala de aula para brigar com ela. A dita menina ficou com síndrome do pânico, e tudo porque a mãe insistiu durante algum tempo que a garota continuasse namorando o rapaz porque ele era trabalhador, e já dava algumas coisas para a garota. É assim onde eu trabalho, se a garota consegue alguém para "ajudá-la", os pais fazem força para a menina ficar com o jovem, sem nem perceber a instabilidade emocional destes meninos. Tento conversar sobre isto, mas todos os dias ouço as mais loucas histórias familiares. Além disto, agora parece que os namorados ficam íntimos rápido demais. Outro dia, uma menina de onze anos me perguntou se eu falava dela para o "marido" que estuda na outra sala, e eles a tratam de minha "mulher". Quando foi que o sexo atropelou o romantismo e os transformou cedo demais em mini-adultos, reproduzindo com perfeição toda a violência e falta de amor próprio dos adultos? Se algo não for feito, daqui a menos de quinze anos teremos uma estatística enorme de violência doméstica. Tarefa-monstro para nós educadores.

    Maria da Aparecida

    ResponderExcluir
  2. É incrível como a gente ainda vê gente se impressionando com esse tipo de "ajuda". Que no fim nem é ajuda, é troca de favores com baixíssimo custo para o explorador.
    Comentei dia destes lá no trabalho...as relações hoje em dia começam de qualquer jeito, atropelando fases, cedo demais... Essas meninas ainda nem sabem quem são e saem dizendo-se mulheres por aí. Mulheres só no sentido quantitativo da sexualidade. De ter muitas e intensas histórias pra contar... Mas intensidade no sentido de extremos, nunca de sentimentos.
    O pior é que essa tarefa , assim como todas as outras, pode ser auxiliada pelo educador. Mas com essas mulheres que acham que mulher que apanhou foi porque mereceu; nem adianta a professora falar que não é bem assim. Afinal, a professora normalmente não tem quem lhe banque...rs

    ResponderExcluir