Fomos criadas "para o futuro". Valorizando o casamento, mas visando a autonomia. Ouvindo que o emprego é o melhor marido. Que o mundo é muito competitivo. Mas que também deveríamos prezar pela feminilidade e aprender a cuidar de uma casa.
Deveríamos também aprender o "como ser uma garota esperta" mesmo sendo este um conceito beeeeem relativo. Paralelamente, assistimos a degradação das famílias, - e por tabela, dos relacionamentos. E o tal modelo de "mulher do futuro" ruiu.
E no meio dessa ruína tivemos que juntar caquinhos e construir mulheres fortes. Que não se deixam levar por qualquer lorota, mas que acabaram endurecendo (às vezes até demais)... E nesse processo, nosso mundo cor-de-rosa dura menos que deveria; e a gente crente que tá abafando no mundo das mulheres fortes.
Até que uma hora cai a ficha que somos, sobretudo, MULHERES. Já mais amadurecidas, admitimos nossas fraquezas. E entendemos que assumir e porque não, mostrar esse outro lado, não é pura fragilidade.
Assumir o que se é. "Endurecer sin perder la ternura".