No noticiário, uma mulher que manteve relações sexuais com dois
homens e teve imagens divulgadas. Claro, a sociedade (pseudo) moralista só
faltou condenar a sujeita à guilhotina.
O grande problema é que, xingamentos à parte,
isso sempre aconteceu e sempre vai acontecer: mulheres que deixam o desejo
falar mais alto sim e que pagam o preço por suas aventuras...com as dores e
delícias de suas escolhas.
O que me deixa no mínimo curiosa é a
intensidade do ódio das mulheres quando comentam o assunto, vociferando bem
mais que homens. As mesmas mulheres que querem igualdade de condições.
Se está certa ou errada, ela é quem decide. Gostando
ou não, tá feito. E mais, as mulheres que a chamam de vadia pra baixo precisam
lembrar que os seus respectivos teriam a mesmíssima atitude do cobrador e
motorista, se tivessem a chance.
Mais que isso, a mulher que se pertence e dá
vazão às suas vontades não necessariamente é uma mulher de vida fácil. Muitas
dessas “vadias” são nossas irmãs, primas, até filhas e o povo achando que só
acontece no quintal dos outros.
Falar de promiscuidade, discutir privacidade
e intimidade também são questões que cabem nesse contexto. Agora esse ódio da
mulherada só terá uma consequência: homens com a mente muito fechada, que
tratam a mulher apenas como dona de casa e brinquedo sexual , ignorando a
complexidade de papeis que as mulheres lutaram tanto para conseguir.