Não
é do meu feitio a ficção. Mas eu tentei fazer diferente e ficou
tão confuso, que acho que fica mais compreensível assim.
Companheira
experiente, já viu todo tipo de palhaçada possível. Inclusive
aquela laia dos palhaços irresponsáveis. Aprendeu a andar com as
próprias pernas porque, infelizmente, o que apareceu no caminho não
lhe dava a sensação de amparo, proteção, segurança ou algo que o
valha, ainda que momentânea.
Se
depara com um companheiro sério, responsável, aparentemente bem
resolvido. Mas que estava lá acostumado com companhias menos
questionadoras, mais acomodadas, diria mais superficiais. Ele não
conhecia outra realidade, pode ser que até sentisse falta de algo
diferente, mas achou que isso só existia em sua imaginação.
Mas
o destino prega peças, todos sabemos disso.
Essas
duas pessoas, de históricos tão diferentes, se encontram. E é
claro, sai faísca pra todo lado e em todos os sentidos. Ele querendo
proteger, ela brigando com sua independência. Ela surpresa com sua
responsabilidade, ele encantado com a espontaneidade dela.
O
caminho é difícil ? MUITO! São muitas e enormes as arestas a serem
aparadas. Mas os dois estão dispostos a FAZER DIFERENTE. Cada um com
suas referências, se descobrindo e descobrindo o outro a cada dia.
Construindo uma história juntos, desconstruindo conceitos.
Mas
provando e comprovando que esse modelo moderno de “quebrou, trocou”
não funciona muito pra relacionamentos. Talvez pois ambos são de um
tempo em que quando algo quebrava, a primeira iniciativa era o
empenho pra consertar, e não trocar por algo mais novo.
Ainda
estão “em processo”. Acertando, errando, dialogando, rindo ,
planejando. JUNTOS.