SOBRE
O ANO QUE SE ENCERRA...
2011
foi um ano de descobertas. De redefinições.
Descobri
que não é fácil ser forte. Mas que, às vezes, não há outra
opção. Descobri que chorar ( sozinha ou na frente de alguém) não
é necessariamente sinal de fraqueza. “Muitas vezes choramos não
porque somos fracos, mais por termos sido fortes por muito tempo”.
Descobri
também que “pedir colo” não mancha a biografia de ninguém. E
também o quanto é bom ser compreendida, mesmo estando em silêncio.
Redefini
prioridades. No começo do ano, minha meta era fazer com que minha
mãe redescobrisse o prazer de viver. Quando entendi que “aquela”
vida não servia pra ela, a minha meta era tentar fazer com que ela
tivesse paz no fim de sua jornada.
Quando
ela se foi, a meta passou a ser não fraquejar. Com o “entendimento”
de todo o processo, que começou com a partida do meu pai, vi que
“fraquejar” era permitido, não podia era enlouquecer. A
prioridade então, passou a ser a minha saúde, mental e física.
Ainda que com o emocional em frangalhos.
Redefini
meu conceito de proximidade, verdade, relações... Especialmente
quando percebi que eu era capaz de fazer coisas que eu nunca
imaginei. O mais importante: o meu conceito de vida teve que mudar,
na marra. O de “força”, então, nem se fala.
Quando
redefini posições e passei a ser totalmente responsável por minha
mãe, compreendi que amor é querer o bem do outro – ainda que este
“bem” seja algo totalmente inverso do que a gente, no fundo
deseja. Cheguei a um novo estágio.
A
maturidade do “como eu sinto” hoje, com todas as dores e
delícias, encontros e despedidas, lágrimas e gargalhadas, tudo isso
é parte de um processo... continuo “em processo”, mas chegando
em uma nova fase.
2011
foi um ano de fênix. Ressurgi. Reinventei. Ainda que “chamuscada”,
tento alçar novos voos.