domingo, 27 de junho de 2010

Um assunto não muito agradável...mas inevitável (ou THIS IS IT)

Por conta dos últimos acontecimentos, tenho pensado muito na vida ... e no quão passageira ela é... e aí, por tabela, no quanto efêmera é essa existência.
Acabo de ver, outra vez, o registro do que seria a monumental turnê de Michael Jackson - ainda acho a produção monumental, mesmo assim - e uma coisa que me chamou muito a atenção foi a forma como ele estava trajado nos ensaios. Qualquer um iria aos ensaios da forma mais confortável, estando um pouco mais preparado apenas em um dia em que fosse necessário um registro especial.
Mas nesse caso,não. MJ esteve em todos os testes vestido como se esperava que MJ estivesse. Seus indefectíveis óculos escuros... o brilho na roupa, ainda que o corte fosse mais reto ou a cor mais fechada... E generoso com seus companheiros de cena,o que é mais incrível. Sendo ele o inventor de tantas formas de se trabalhar a música e divulga-la também, e tantas outras geniais idéias na dança, ele ainda fazia questão de que seus companheiros aparecessem com merecido destaque. Mais ainda, visivelmente fragilizado, demonstrava amor ao que fazia.
Imediatamente, pensei na maneira em que nós vivemos. Não temos câmeras em volta (a princípio), mas deveríamos pensar nisso. Demonstrar paixão. Pela vida. Pelas pessoas. Por nossa atividade. Questionar quando algo nos parece passível de melhora. Dar sugestões, com fundamento, para que possamos fazer o melhor em grupo.
A morte é um assunto para o qual viramos o rosto, como se fosse possível anular sua existência. Pior que a morte do corpo, é a morte em vida. Viver sem amor, viver sem sentido, sem afeto (dado e recebido), sem troca de idéias, sem alegria é muito pior do que "fazer a passagem".
Ser fiel a suas paixões, convicções,amigos e amores...Isso sim é Viver. Acho que isso Michael Jackson fez, acertando muito e errando muito também. Existir na neutralidade, por medo de se doar, insistindo no erro pensando que o acerto pode desestabilizar - ainda que traga muitas alegrias - isso é a morte.
Apesar das grandes rachaduras, não quebrei. Tô VIVA. THIS IS IT.

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